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Entenda como lidar com os resíduos da indústria sucroalcooleira

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Confira o conteúdo a seguir sobre os resíduos gerados na indústria sucroalcooleira e conheça um pouco mais sobre a Propeq!

Nesse conteúdo abordaremos:

  • Introdução
  • Quais são os resíduos da produção?
  • Alternativas de gestão desses resíduos
  • Impactos ambientais

Introdução

Para entender melhor como podemos lidar com os resíduos da indústria sucroalcooleira é necessário a análise do processo como um todo. Reverte-se os subprodutos da indústria sucroalcooleira, em geral, quase em sua totalidade e reutiliza-se em alguma etapa do processo.

Dessa forma, a visão do processo industrial como um todo revela a geração de diversos subprodutos em suas etapas. Reaproveita-se a grande maioria internamente. Com isso, tem-se um processo mais limpo e eficiente, com melhor aproveitamento dos compostos.

Quais são os resíduos da produção?

A produção de resíduos inicia-se ainda no transporte da cana-de-açúcar para a usina de tratamento, onde a matéria-prima passa por um processo inicial de preparo, sendo submetida a lavagem a seco, picotagem e ventilação. Nesta etapa, há a eliminação das palhas da cana.

O reaproveitamento das palhas no campo têm função protetiva e também como  adubação.

Em sequência, após a trituração da cana, ocorre seu encaminhamento para a moagem. Nesta, há a geração de fração líquida e sólida. A composição da primeira têm o caldo presente na geração de açúcar; a segunda, composta de bagaço, resíduo importante do processo.

O bagaço tem utilização interna no processo e em seu tratamento há a geração de mais um subproduto: a cinza.

Sendo assim, utiliza-se as cinzas no processo de adubação. Já o caldo segue para o decantador, onde há tratamento com leite de cal e este clarifica o caldo. No processo, há geração de resíduo: o lodo. Este é novamente reaproveitado internamente por meio da filtração.

Na mexedeira, há a união dos caldos filtrados e clarificados e tem como subproduto a torta de filtro. Em seguimento, há formação do xarope pela evaporação de vapores de água e posterior cozimento do xarope, gerando os cristais de açúcar. 

Assim, após essas etapas, há o refino do açúcar e/ou encaminhamento para as destilarias. Para o primeiro caso, realiza-se o tratamento dos cristais de açúcar pela diluição deste (com a adição de peróxido de hidrogênio e descolorante), onde há geração do licor bruto.

No dissolutor, há a geração do licor. Encaminha-se ao tanque de homogeneização, onde a partir da adição de sacarato de cálcio e ácido fosfórico, há a clarificação do licor.

Em contrapartida, para separação da borra há a flotação do licor, onde ocorre o encaminhamento da borra separada para adubagem e o licor clarificado ao cozimento. Nesta última etapa, refina-se o açúcar e o subproduto, o mel refinado, retorna ao processo na etapa do dissolutor.

Outrossim, se a demanda segue destilarias, utiliza-se o mel final.  Este material advém do cozimento e durante o tratamento e destilação gera um resíduo líquido: a vinhaça. 

Alternativas de gestão desses resíduos

Como abordado, os principais resíduos da indústria sucroalcooleira são: o bagaço, a torta e a vinhaça. Portanto, esses resíduos devem ser descartados de maneira correta, seguindo o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Em frente disso, nesse conteúdo discorre-se os fins dados a esses compostos.

Imagem com fundo azul escuro explicitando os subprodutos da indústria sucroalcooleira. No canto inferior esquerdo há a logo da Propeq.

Bagaço

A indústria sucroalcooleira explora bastante o bagaço resultante da etapa de moagem, mesmo não sendo o resíduo de maior volume, visto que 1 tonelada de cana-de-açúcar gera 320 kg de bagaço. Entretanto, emprega-se na cogeração de energia, dado que cerca de 90% desse produto tem esse fim.

 Assim, a produção de biocombustível a partir do bagaço é relevante para a própria indústria em questão, pois reutiliza-se a energia no próprio processo fabril e também nas instalações administrativas da fábrica. Contudo, essa aplicação se dá por meio da queima do bagaço, assim, gera-se outro subproduto que deveremos lidar, as cinzas. Então, com técnicas de lavagem e decantação recolhe-se essas cinzas, de forma que aproveita-se em outros setores, como o da construção civil na produção de concreto. 

Além da aplicação energética, há também a aplicação do bagaço como matéria prima do etanol 2 geração, visto que obtém-se tal combustível através da fermentação controlada e a destilação de resíduos vegetais, como o abordado. 

Ademais, outra alternativa vista agora pela indústria de papel para o bagaço é a produção de papelão. Também, vale ressaltar que a indústria de cosméticos produz géis hidrofílicos a partir do bagaço.

Torta

A produção de açúcar descarta esse resíduo na fase de tratamento do caldo, após a filtração, visto que o material retido no filtro é a torta. Assim, conclui-se que a torta apresenta alto teor de matéria orgânica, por isso, sua principal aplicação será a adubação do solo para o plantio de cana-de-açúcar.

Vinhaça

Esse resíduo advém da fermentação do açúcar. Ele é rico em matéria orgânica e potássio, logo, uma das alternativas de gestão é utilizá-la como fertilizante no plantio de cana-de-açúcar, porém em elevadas quantidades pode causar sérios impactos ao solo.

No entanto, está acontecendo o estudo de outra alternativa, como utilizá-la para a geração de energia elétrica por meio da transformação da matéria orgânica presente na vinhaça em biogás. Contudo, essa aplicação ainda é inexpressiva na indústria, mesmo sendo uma opção econômica e sustentável para o setor. Além desses usos, a vinhaça também serve como matéria-prima para a produção de ração animal.

Diante das diversas aplicações dadas aos resíduos, conclui-se que tais aplicações aumentam os lucros das indústrias sucroalcooleiras e também diminuem os custos de produção, além de reduzir os impactos ambientais.

Impactos ambientais

Mesmo que o etanol seja destaque como uma energia renovável, é necessário que a indústria sucroalcooleira esteja condizente com o equilíbrio entre produção e os valores ambientais. Sendo assim, é necessário produzir de forma a reduzir os impactos que essa indústria pode causar.

Os principais impactos ao meio ambiente são:

  • A diminuição da disponibilidade da água por conta da quantidade elevada utilizada no processo;
  • A queima da palha da cana-de-açúcar, que pode gerar queimadas;
  • O descarte errôneo de vinhoto;
  • A perda de produtividade do solo, que pode causar a perda de biodiversidade;
  • Alterações climáticas.

Nesse sentido, a partir do planejamento sustentável, da ocupação criteriosa do solo e do uso de técnicas para a conservação, acontece a redução dos danos ambientais.

O planejamento sustentável baseia-se no controle, reposição e bons substitutos dentro do processo. Dessa maneira, o tratamento e a administração correta dos resíduos da indústria sucroalcooleira corroboram com o crescimento do setor, juntamente com a proteção de recursos naturais, tornando-se eco-friendly.

Como a Propeq pode te ajudar?

Você apresenta dificuldade em lidar com os resíduos na sua indústria? Nesse conteúdo discutiu-se sobre a importância do tratamento dos resíduos e formas reais de tratá-los corretamente, no cenário da indústria sucroalcooleira.  Então, caso você enfrente dificuldades, gostaria de otimizar a forma como trata de seus resíduos ou, até mesmo, queira definir a melhor rota produtiva, a Propeq está aqui para te ajudar! Clique no botão abaixo para entrar em contato!

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