O uso de perfumes e substâncias aromatizantes está presente na vida do ser humano há muito tempo. Atualmente, eles são conhecidos como acessórios de moda e fazem sucesso no mundo todo. Mas, você sabe como é feita a produção dos perfumes? Confira esta e outras informações neste artigo!
Nesse conteúdo abordaremos:
- História dos perfumes;
- Processo Produtivo dos perfumes;
- Principais impactos ambientais e medidas sustentáveis.
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História
Atualmente, os perfumes são muito comuns na nossa vida e são considerados acessórios de moda, proporcionando sensação de limpeza, refrescância e bem estar. No entanto, o uso de substâncias aromatizantes é muito antigo. No Egito Antigo, por exemplo, utilizava-se muito em rituais religiosos, como incensos, óleos perfumados e até mesmo para embalsamar múmias.
O uso de fragrâncias foi aprimorado por Avicena, filósofo persa, no século XI. Ele aperfeiçoou o processo de extração de óleos essenciais por destilação, criando, assim, as águas perfumadas. Todavia, foi somente no século XII que se produziu o primeiro perfume à base de álcool, especialmente para a rainha da Hungria, Elizabeth. Mas, ainda assim, o uso de perfumes ficou restrito à elite até o século XX.
Com o progresso da química e da ciência, a partir do final do século XX, o mercado de perfumes e as fragrâncias desenvolvidas ampliaram-se, fazendo dos perfumes itens muito comuns no cotidiano de muitas pessoas. Atualmente, o Brasil chega a ocupar o 4° lugar no ranking mundial de consumo de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos e 1º lugar em Consumo de fragrância por número de cidadão. Ao longo de todos esses séculos de história, a maneira de produzir perfumes mudou, mas você sabe como eles são feitos atualmente?
Como é feita a produção de perfumes?
Ao longo do tempo os perfumistas vêm agrupando as diversas notas de cheiros de perfume em famílias como amadeirado, cítrico, floral, entre outros. Também há a classificação dos diferentes tipos de perfumes conforme a porcentagem de solução alcoólica como os eau de parfum (15%) e a colônia (3%). Mas há também produtos do dia-a-dia que possuem um perfume natural proveniente de óleos essenciais, como flores e folhas, que foram por muito tempo e são, até hoje, utilizados na fabricação de perfumes.
Para extrair esses óleos adquiriram-se algumas práticas, dentre elas existe a enfleurage, a extração por arraste à vapor e a prensagem.
Enfleurage
A enfleurage é um processo em que dispõem-se as pétalas sobre gordura purificada até que se sature. Após isso, lava-se a gordura com álcool etílico e, assim, obtém-se um óleo com alto valor comercial.
Extração por arraste à vapor
Emprega-se a extração por arraste à vapor quando o óleo possui temperatura de ebulição superior a da água. Neste processo, coloca-se a matéria prima e a água em uma caldeira. Quando a água entra em ebulição, o vapor transporta o óleo até o condensador, que promove a condensação do mesmo. Após isso, transfere-se o óleo para o separador. Entretanto, essa técnica pode afetar as notas de fragrâncias do óleo, prejudicando o resultado final.
Prensagem
Por fim, há a extração por prensagem que é utilizada, geralmente, para frutas cítricas, na qual faz-se a prensa das frutas até que todo o seu sumo seja retirado, e, então, centrifuga-se o sumo, separando, assim, o óleo do suco. Após a extração dos óleos, faz-se o encaminhamento destes para perfumarias, onde se analisa esses ingredientes e em seguida pesa-se e separa-se os produtos em quantidades necessárias, para depois haver a mistura. Há também a etapa de maceração, em que o perfume fica curtindo por 5 dias para que fixe-se a fragrância. Após isso, filtra-se a mistura em um filtro elétrico para evitar quaisquer impurezas e por fim envasadas em frascos e enviadas para os clientes.
Quais os impactos ambientais e as medidas sustentáveis envolvidas na produção?
Como qualquer outro setor do mercado de cosméticos, a indústria de perfumes gera impactos ambientais, tanto durante a produção quanto na extração de matérias primas e confecção de embalagens.
Os perfumes 100% naturais, por exemplo, muitas vezes, geram impactos ambientais severos. Estes perfumes não levam nenhum tipo de sintético, contendo somente a base de óleos essenciais. Tal fato faz com que seja necessário derrubar uma árvore inteira, que demora anos para crescer, a fim de realizar a produção. Pensando neste cenário, muitas empresas têm investido em fragrâncias mistas: com óleos essenciais e sintéticos, não tóxicos. A Elemento Mineral, por exemplo, marca de skincare natural, lançou uma das primeiras opções da linha mista há alguns anos.
Outro problema da produção de perfumes é a origem do álcool, que é o solvente do processo. A Natura, por exemplo, tem utilizado álcool feito a partir do cultivo sustentável e orgânico de cana verde, que economiza água e, além disso, reduz a emissão de gases poluentes. O Boticário também anunciou, no ano de 2021, que 100% de seus itens de perfumaria seriam feitos a partir do chamado ecoálcool.
Além disso, há a questão da confecção de embalagens. Muitas empresas têm adotado o uso de embalagens recicladas, como a marca francesa Chloé. A Natura também tem mobilizado-se neste sentido, com a linha Kaiak Oceano, que tem tampas feitas com plástico reciclado e retirado de oceanos e praias.
De maneira geral, observa-se uma grande mobilização por parte das empresas no sentido de aliar a produção e o consumo de perfumes a uma produção sustentável, visando atingir todos os públicos sem agredir o nosso ecossistema. Abaixo, estão mais alguns exemplos de empresas que já estão adotando práticas sustentáveis em sua produção.
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