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Caroço de açaí e pegada de carbono: como fazer a diferença

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Você sabia que é possível transformar o caroço de açaí em energia para o seu processo produtivo? Esse método pode reduzir a emissão dos gases de efeito estufa, como o carbono, da sua indústria!

Neste conteúdo abordaremos:

  • Pegada de carbono;
  • O caroço de açaí como biomassa;
  • Redução dos GEEs.

Mas, primeiramente, o que é pegada de carbono?

A pegada de carbono está diretamente relacionada com a quantidade de gases de efeito estufa (GEE) emitida direta ou indiretamente, seja por alguma atividade, produto, pessoa, instituição, etc. Vale ressaltar que, apesar do nome conter carbono, ela se refere a todos os GEEs, como exemplo o óxido nitroso, HFC e o metano.

Para calcular o quanto de GEE é emitido, utiliza-se as toneladas de carbono equivalente (CO2e), isto é, é a multiplicação das toneladas de cada gás emitido pelo seu potencial de aquecimento global em 100 anos, em comparação com o CO2. Por exemplo, a cada 1 tonelada de N2O emitida, tem um potencial de aquecimento global de 310, logo, o CO2e é 310.1, que é igual a 310.

É de extrema importância que a pegada de carbono diminua cada vez mais. Assim, todas as indústrias têm que bater metas de diminuição. É assim que começa a surgir a importância do uso de fontes de energia renováveis.

E como o caroço de açaí entra nessa história?

Uma grande quantidade de CO2 emitido pelas empresas e indústrias é resultado do uso de combustíveis fósseis para realizar seus processos. Visto isso, começou uma grande busca por combustíveis sustentáveis, ou seja, combustíveis renováveis e que sejam economicamente viáveis. Foi assim que o uso de biomassa cresceu cada vez mais.

Para produzir o açaí que consumimos dia-a-dia, descarta-se totalmente o caroço. Sendo assim, existe a possibilidade de se tornar biomassa ou etanol 2G, aumentando o ciclo de vida do fruto e agregando valor ao produto.

Nesse sentido, a multinacional Votorantim, na cidade Primavera – Pará, viu essa possibilidade de utilizar o caroço de açaí como biomassa, para gerar combustível. Isso permite com que a emissão de GEEs diminua aproximadamente 40%. Além da substituição de combustíveis fósseis, o caroço de açaí parado também emite GEEs e, ao virar biomassa, também há uma maior diminuição dessas emissões.

Com essa redução, o crédito de carbono da sua indústria aumenta. A criação desse conceito ocorreu em 1997, no Protocolo de Kyoto. Esse crédito é um mecanismo que ajuda os países com as metas de redução de emissão de GEEs e está relacionado justamente com a não emissão. Ele é conhecido, também, como a moeda do mercado de carbono.

Cada país tem a sua legislação sobre esse mercado. No Brasil, segue o Decreto nº 5.882 de 2006. Em resumo, ocorre a venda dos créditos de carbono de um país que os possuem para um país que não conseguiu atingir suas metas. A cada 1 tonelada reduzida, gera-se 1 crédito.

E como funciona o uso do caroço de açaí como biomassa?

De modo geral, o caroço de açaí deve ser recolhido logo após ser separado do fruto, evitando a fermentação da polpa no caroço. Em sequência, ele passa por um processo de lavagem, retirando todos os resíduos que restam.

Após a lavagem, os caroços passam por dois tipos de secagem, reduzindo a umidade presente nele. Isso ocorre porque, antes de retirar a polpa, o açaí fica de molho por alguns dias, visando seu amolecimento. A secagem para assim que ele atingir um peso constante. Como resultado, obt a biomassa que gera de energia.

Conversão de caroço de açaí como biomassa para reduzir os GEEs

Como a Propeq pode te ajudar?

Nesse conteúdo, falou-se sobre a pegada de carbono e o uso do caroço de açaí como biomassa. Ficou interessado e gostaria de implementar ou analisar a viabilidade de implementar essa nova tecnologia para reduzir a emissão dos GEEs na sua indústria? A Propeq, consultoria júnior em Engenharia Química da Unicamp, está aqui para te ajudar! Entre em contato com um de nossos consultores clicando no botão abaixo!

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