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Reciclagem do lixo eletrônico

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Nesse conteúdo abordaremos

  • O que é o lixo eletrônico
  • Principais problemas e impactos
  • Processo de reciclagem
Cesto de lixo de escritório branco contendo lixos eletrônicos como teclados, cds e fios

O que é o lixo eletrônico?

Lixo eletrônico, Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE), ou resumidamente, e-lixo, corresponde à generalidade de produtos elétricos e eletrônicos. Bem como seus respectivos acessórios, que mesmo comumente recicláveis são destinados à aterros e lixões devido a sua aparente inutilidade.  

Assim, a produção de tais resíduos cresce de maneira exponencial em todo o mundo. Isso é fruto da popularização cada vez maior da tecnologia, acrescida da estonteante velocidade do mercado. Marcada pelo rápido surgimento de tendências e pela chamada obsolescência programada, na qual empresas deliberadamente encurtam a vida útil de seus produtos para eles serem inevitavelmente substituídos. Desse modo, a reciclagem dos e-lixos assume grande relevância no panorama atual.

Classificação

Divide-se o lixo eletrônico em quatro categorias com base no tamanho e na aplicação. Visa-se, com isso, uma reciclagem adequada às singularidades, para que contorne-se todo e qualquer risco ao meio ambiente e à saúde humana.  Dentro disso, as categorias supracitadas são:

  • Grandes equipamentos: geladeiras, freezers, máquinas de lavar, fogões, ar condicionados, micro-ondas, grandes TVs, etc.
  • Pequenos equipamentos e eletroportáteis: torradeiras, batedeiras, aspiradores de pó, ventiladores, mixers, secadores de cabelo, ferramentas elétricas, calculadoras, câmeras digitais, rádios, etc.
  • Equipamentos de informática e telefonia: computadores, tablets, notebooks, celulares, impressoras, monitores e outros.
  • Pilhas e baterias portáteis: pilhas modelos AA, AAA, recarregáveis, baterias portáteis de 9 V, etc.

Principais problemas e impactos

Grande parte desses resíduos, oriundos de alta tecnologia, possuem em sua composição diversas substâncias tóxicas e metais pesados, os quais ao serem descartados erroneamente, culminam em prejuízos para o ambiente e para a saúde humana. 

Dentre esses elementos, encontram-se, por exemplo, chumbo, bário, arsênio, mercúrio e cádmio, que ao contaminarem o solo, a água e os alimentos, podem acarretar em edemas cerebrais, doenças de pele, câncer de pulmão, danos ao fígado e coração, quadros de coma, problemas musculares, entre outros. Tais elementos, também causam danos severos a fauna e flora, afetando profundamente a biodiversidade.

 Ademais, a desproporcionalidade existente entre a alta geração desses resíduos e as baixas taxas de reciclagem a nível global demandam uma maior extração de matérias-primas primárias e consequentemente maiores níveis de emissões de gases de efeito estufa (GEE). 

Com isso, acentua-se novamente a relevância da reciclagem, pois esta permite que materiais como ouro, cobre, prata e platina sejam recuperados, o que se mostra positivo para o meio ambiente, pois desponta como uma alternativa à mineração e simultaneamente traz também vantagens econômicas, posto que proporciona o resgate de bilhões de dólares em matérias-primas e pode gerar novos modelos de negócio e empregos. 

Processo de reciclagem

Coleta e recebimento dos resíduos

Em primeiro lugar, comerciantes e distribuidores recebem os eletroeletrônicos, pilhas e baterias portáteis sem utilidade, os quais passam a ser responsáveis por receber estes equipamentos e entregar aos fabricantes e importadores. 

Triagem e separação dos componentes

Posteriormente, estando nas instalações adequadas,  dá-se início à triagem, a qual realiza-se manualmente ou de forma automatizada por um computador. O critério de separação baseia-se nas condições dos equipamentos, separando-os em dois grupos: aqueles reutilizáveis para doar e aqueles recicláveis. 

Assim, os aparelhos cujo destino é a reciclagem passam pela chamada manufatura reversa, ou seja, o contrário da sua linha de produção, desmontando-os. Separa-se, assim, a carcaça, a bateria, o vidro e as placas de circuitos para que recebam o tratamento adequado. 

Processamento e venda

Tritura-se e separa-se a carcaça principal de acordo com a densidade de cada material. Outras empresas assim compram o resultado desse processo. Estas, costumeiramente, utilizam os polímeros existentes nesses resíduos, ou optam por incinera-los como fonte de energia. Outra possibilidade para o destino desses materiais é o seu derretimento e conversão em outro plástico. 

Para armazenar materiais tóxicos usa-se tanques específicos. E, empresas especializadas recebem esses materiais, para posteriormente tratá-los.

Já com relação ao destino dos vidros dos eletroeletrônicos, este pode divergir entre uma separação por tipo ou um processo de mistura seguido por moagem e tratamento. Isso para que sejam vendidos como matéria prima para outras empresas. Seguindo essa mesma lógica, empresas especializadas nesse descarte separam as baterias.

Vale ressaltar que no Brasil, o processo de reciclagem de placa de circuito impresso (PCI) é inexistente, sendo necessário enviar esse componente a outros países. Dessa forma, Suíça e Estados Unidos, por exemplo, detém esse tipo de tecnologia.

Como a Propeq pode te ajudar?

Nesse conteúdo, abordou-se o lixo eletrônico e suas problemáticas, além do seu processo de reciclagem. Você ficou interessado nessa área e gostaria de um plano de resíduos? A Propeq, consultoria júnior em Engenharia Química da Unicamp, está aqui para te ajudar! Clique abaixo e entre em contato com um de nossos consultores!

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