A produção de polpas de frutas congeladas é uma solução prática e sustentável para preservar frutas sazonais, reduzir desperdícios e atender à crescente demanda por alimentos naturais. Essas polpas oferecem praticidade ao consumidor e oportunidades de mercado para pequenos e grandes empreendedores. Venha conhecer mais sobre o assunto e descobrir como produzir polpas de frutas!
Neste conteúdo abordaremos:
- Definição de polpas de frutas;
- Oportunidades de investimento nesse mercado;
- Etapas produtivas de polpas de frutas.
Definição:
No Brasil, a Instrução Normativa n.1, de 07 de janeiro de 2000, que determina os Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ), regulamenta a qualidade de polpas de fruta. Esta resolução define polpa de fruta como sendo o produto não fermentado, não concentrado e não diluído, obtido de frutos polposos através de processo tecnológico adequado, com um teor mínimo de sólidos totais, proveniente da parte comestível do fruto. O produto deve utilizar frutas sãs, limpas e isentas de parasitos e de detritos animais ou vegetais. Não deve conter fragmentos das partes não comestíveis da fruta, nem substâncias estranhas à sua composição normal, exceto as previstas nesta Norma. Tolera-se a adição de sacarose em proporção declarada no rótulo. Além disso, as principais polpas processadas no mercado são as derivadas de frutas tropicais, tais como: abacaxi, acerola, cupuaçu, goiaba, graviola, mamão, manga, maracujá, dentre outras.
Oportunidades de investimento:
Investir na produção de polpas de frutas congeladas é uma oportunidade estratégica para empreendedores que buscam unir lucratividade, sustentabilidade e atendimento a uma demanda crescente. Este mercado tem mostrado forte expansão, impulsionado pela busca por alimentos naturais, práticos e saudáveis. O consumo de polpas de frutas tem aumentado devido à praticidade que oferecem e à busca por opções saudáveis no dia a dia. Por exemplo, seja para sucos, sobremesas ou receitas, a versatilidade do produto atrai consumidores de diferentes perfis.
Além disso, há grande potencial para exportação, especialmente em países que não produzem frutas tropicais. A transformação de frutas em polpas agrega valor à matéria-prima e possibilita o aproveitamento de frutas indesejadas para o mercado in natura. Para empreendedores locais, é possível otimizar o custo de produção ao utilizar frutas sazonais ou adquirir parcerias com pequenos agricultores, garantindo uma operação mais lucrativa. Este setor contribui para a redução do desperdício alimentar ao aproveitar frutas que não atendem aos padrões estéticos do mercado, mas que são perfeitamente utilizáveis para a produção de polpas. Além disso, o processo de congelamento mantém a qualidade das frutas por mais tempo, eliminando a necessidade de conservantes químicos.
Etapas produtivas:
Recepção
As frutas podem ser recebidas à granel ou em grades e a seleção é feita ainda no caminhão. Caso o produto esteja em desacordo com o padrão desejado, devolvemos imediatamente. Normalmente processamos as frutas na hora, porém, dependendo da época do processamento, o pico na produção de safra, por exemplo, pode exigir que armazenamos uma parte. Nesse caso, é indicado que sejam guardadas sob refrigeração e congeladas in natura.
Lavagem/Seleção
Selecionamos manualmente as frutas para separar as verdes, danificadas e aquelas com qualquer defeito que as tornam inadequadas para o processamento.. Após essa verificação, as frutas em boas condições devem passar por uma pré-lavagem para retirar o excesso de terra e, em seguida, imersas em soluções de água clorada por 15-20 minutos. Entretanto, devido à sujeira, devemos trocar frequentemente essa solução.
Descascamento
A necessidade do descascamento varia com o tipo de fruta. Algumas frutas, como a manga e o mamão, por exemplo, precisam ser descascadas, o que pode ser feito, manualmente, utilizando-se facas de aço inoxidável. É aconselhável que a manipulação das frutas seja feita em mesas limpas, de aço inoxidável ou de madeira revestidas com fórmica. Nesta etapa, retiram-se também caroços como os do mamão. Devemos recolher estes resíduos em latões que devem estar fechados e retirados continuamente da sala de processamento, para evitar a presença de moscas. Frutas como goiaba e acerola podem seguir direto da lavagem para o despolpamento.
Despolpamento
As despolpadeiras são os equipamentos mais utilizados nesta etapa. Construídas em aço inox e dispõem de peneiras com diferentes tamanhos de furos. Essas peneiras podem variar para as diferentes frutas.
Acondicionamento
Colocamos a polpa extraída em uma dosadora, regulada para encher a embalagem em quantidades previamente definidas. Existem dosadoras manuais e semi-automáticas. A embalagem mais utilizada são os sacos plásticos de polietileno, com capacidade para 100, 250 ou 500 mililitros. Em seguida, após o enchimento, os sacos são fechados a quente e levados para congelamento.
No rótulo do produto, deverá constar a denominação “polpa”, seguida do nome da fruta, além da data de fabricação, prazo de validade, bem como outros dados de rotulagem.
Congelamento/armazenamento
Logo após as etapas anteriores, o processo de congelamento deve começar o mais rápido possível, pois isso propicia ao produto final excelentes características quanto à cor e mantém o aroma/sabor natural das frutas.
A polpa deve estar congelada até o momento do seu consumo. A temperatura recomendada para seu armazenamento, em câmaras frigoríficas, varia de menos 18 a menos 22 graus centígrados. Também podem ser utilizados freezers domésticos, porém, como a temperatura interna deste equipamento atinge somente a faixa de menos 8 a menos 10 graus centígrados, estes produtos terão um tempo de vida útil menor. Nesta etapa, também, devemos observar a quantidade de produto no interior da câmara ou freezer, para que não seja excessiva e permita uma boa circulação do ar entre as paredes do freezer e entre as embalagens.
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