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Etanol celulósico: o futuro dos biocombustíveis

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O etanol de segunda geração (E2G), também chamado de etanol celulósico e bioetanol, é um biocombustível produzido a partir dos resíduos provenientes do processo de fabricação do etanol de primeira geração (1G), o etanol comum, e do açúcar. Por se tratar de um combustível cuja matéria-prima utilizada antes seria descartada, o etanol 2G é destaque  quando tratamos de sustentabilidade. Venha entender mais sobre o biocombustível que coloca a matriz energética brasileira como protagonista no cenário mundial  de energia renovável. 

Nesse conteúdo abordaremos: 

  • Matérias-primas; 
  • Impacto ambiental;
  • Processo de fabricação;
  • Brasil e perspectivas para o futuro.

Introdução

O atual cenário energético global se torna cada vez mais grave e alarmante, a geração de energia através da  queima de combustíveis fósseis causou significativos danos ambientais ao planeta, como mudanças climáticas, poluição e desequilíbrios nos ecossistemas. Dessa maneira, o estudo acerca da produção de combustíveis renováveis e sustentáveis tornou-se uma prioridade no mundo. Entretanto, grande parte dos processos de obtenção de energia renovável, como a produção do etanol de primeira geração, têm como subprodutos resíduos como o bagaço e a palha, que são descartados ou queimados para obter energia. 

Vale considerar, que além de ser fortemente prejudicial ao meio ambiente, a queima desses resíduos é uma perda de capital. Isso pelo fato de que estes podem ser utilizados para a produção de combustíveis de segunda geração (ou combustíveis 2G). 

Matérias primas do etanol celulósico

Quimicamente, o etanol 2G é idêntico ao etanol 1G, a diferença entre eles está nos processos de fabricação e nas matérias-primas utilizadas. O etanol 2G utiliza como matéria-prima a biomassa lignocelulósica encontrada em bagaços, palhas e folhas dos resíduos vegetais, em maioria, da cana de açúcar.

Dessa forma, em função da alta disponibilidade de cana de açúcar no Brasil, esta é a principal matéria prima para a fabricação de etanol celulósico. No entanto, ela não é a única que pode ser utilizada, uma vez que este biocombustível pode ser fabricado a partir de quaisquer outros vegetais que contém substâncias que podem ser facilmente convertidas em amido, como o milho e outros cereais, e até espécies florestais. Ademais, o etanol produzido a partir da madeira reaproveita as sobras da indústria de papel e celulose, já que utiliza cascas, cavacos e serragem. 

Impacto ambiental da produção do etanol celulósico

O etanol de segunda geração é extremamente promissor e vantajoso ao meio ambiente, visto que mitiga diversos impactos ambientais que resultam da geração de energia, e dentre eles, destaca-se sua pegada de carbono, a qual é 30% menor do que a do etanol de primeira geração e 80% menor do que a de combustíveis fósseis. Por conta dessa baixíssima emissão na atmosfera de gases de efeito estufa (GEE) , o etanol 2G não é considerado somente uma fonte de energia renovável mas é considerado também uma fonte de energia limpa. 

Além desse baixo impacto ambiental gerado, o etanol celulósico usa como matéria-prima resíduos vegetais antes que seriam descartados ou queimados, levando a um maior reaproveitamento energético da cana e em uma maior eficiência agrícola, sendo possível aumentar a produtividade do etanol celulósico em até 50% sem aumentar a área de plantio, visto que não é necessária mais cana de açúcar para produzi-lo. Desse modo,  sua fabricação gera  mais valor com menos desperdício, fortalecendo a relação de custo-benefício para o produtor.

Nesse sentido, como não há queima da palha, a produção desses combustíveis reduz a degradação do solo, a perda de nutrientes, a erosão e os problemas respiratórios causados pela fumaça. Ademais, o uso de coprodutos da indústria de primeira geração evita o desmatamento e o uso extensivo de defensivos agrícolas. 

Vale considerar que o etanol de segunda geração possui, sobretudo, uma contribuição socioeconômica, já que sua produção foge da concorrência entre a  produção de alimentos e de energia, justamente por não ser necessário aumentar a área cultivável e pelo fato de que os serem humanos não consumirem a celulose.

Produção de etanol celulósico

A produção de etanol de segunda geração acontece por um processo químico altamente tecnológico, o qual consiste no pré-tratamento da biomassa vegetal, hidrólise e posterior fermentação dos açúcares adaptados e modificados e seguida por destilação.  As estruturas vegetais têm compostos básicos como os carboidratos celulose e hemicelulose, e a lignina, um composto estrutural que confere rigidez à planta. Assim, para a produção de álcool, é necessário primeiro quebrar ou soltar a lignina dos carboidratos para assim poder prosseguir com a fermentação.

Brasil e perspectivas para o futuro

O Brasil é protagonista em relação aos outros países quando o assunto é energia renovável, especialmente na produção do etanol 2G. Tal destaque desenvolve o país e o coloca em posição de destaque no cenário mundial de sustentabilidade e transição energética. Todavia, o pré-tratamento da biomassa ainda gera desafios ambientais e econômicos. Isso ocorre devido à dificuldade, até o momento enfrentada, no manejo das impurezas e ao significativo consumo de energia que ocorre durante o processo. 

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