Nesse conteúdo abordaremos:
- A importância da indústria de papel e celulose
- Impactos ao meio ambiente
- Alternativas para contornar os danos ambientais
A importância da indústria de papel e celulose
Na indústria de papel e celulose há divisão em três grandes setores: papel, celulose e artefatos de papel. Ela é responsável por produtos como: papéis higiênico, toalha e jornal, além de embalagens, presentes no nosso cotidiano.
Esse setor tem grande importância econômica, tendo em vista que os investimentos internos e o comércio para o exterior (exportações) estão sempre em crescente. Como exemplo, em 2010, somaram-se mais de US$ 12 bilhões e US$ 4,9 bilhões de lucro no Brasil, respectivamente, como afirma o Bracelpa.
Além da questão econômica, nos últimos anos, essa indústria tem se tornado cada vez mais eco-friendly . Desde então, ela visa não só acabar com os paradigmas sobre seus prejuízos ao meio ambiente, como também ajudar ativamente no reflorestamento, que será descrito melhor nos tópicos abaixo. Portanto, é interessante entender como funciona seu processo produtivo.
Consequentemente, é perceptível a relevância desse setor para a sociedade. Por exemplo, trabalhos como otimização de processos podem ajudar a diminuir os custos de produção. Além deles, a instrumentação e análise de melhores rotas produtivas são essenciais para que essa indústria se torne mais competitiva e sustentável no mercado.
Impactos ao meio ambiente
Atualmente, o viés ambiental tem se tornado cada vez mais relevante nos ramos produtivos. Nesse sentido, considera-se a indústria de papel e celulose um setor de alto impacto ambiental, uma vez que lida diretamente com a flora para obter sua matéria prima. Desde o plantio das sementes, preparação do solo, desmatamento até a extração do insumo da celulose, há diversos pontos de grande interferência no ecossistema.
No Brasil, 100% da produção advém de florestas de eucalipto plantadas artificialmente. Apesar de tal solução proteger as florestas nativas, é necessário apontar que a adoção de uma monocultura deste porte em grandes extensões pode causar desequilíbrios ecológicos e afetar a adaptação da fauna e flora local. Além disso, o solo pode se tornar pobre em nutrientes essenciais e o consumo de água para sua irrigação pode aumentar.
Em termos da produção, a destinação de resíduos e a eficiência do processo são conceitos que chamam a atenção. No primeiro caso, a indústria de papel e celulose produz muitos resíduos orgânicos, como: a casca, a lama de cal, cinza de caldeira, resquícios celulósicos, gases de efeito estufa, etc. Dentre eles, existem resíduos sólidos, líquidos e gasosos, os quais seus tratamentos ocorrem de maneiras distintas.
Já em relação ao rendimento do processo, o alto consumo de água e energia e a falta de otimização das operações envolvidas, também podem representar empecilhos ambientais para o setor. Assim, há necessidade da busca por alternativas que possam mitigar este, e os demais impactos mencionados.
Alternativas para contornar os danos ambientais
Quando falamos em alternativas para mitigar os impactos ambientais, o primeiro conceito que vem em mente é o de reciclagem. De fato, a coleta e reprocessamento de produtos já utilizados diminui a necessidade de plantio e expansão das florestas artificiais. Não só isso, como também diminuem a quantidade de resíduos descartados, já que estes produtos serão usados novamente no processo. Atualmente, existem diversas rotas consolidadas para a reciclagem do papel e outros produtos de origem celulósica.
Em relação aos resíduos, a matéria orgânica sólida rejeitada apresenta grande potencial para compostagem e adubação, por vezes dos próprios solos utilizados para retirada de matéria prima e reflorestamento. Essa alternativa garante que os resíduos não haverá simplesmente descartes em aterros sanitários, fazendo com que se tornem fertilizantes úteis para a produção.
Já os resíduos líquidos devem passar por uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), devido a sua capacidade de contaminação do ambiente. Isso se dá principalmente por conta da etapa de branqueamento da celulose, em que o papel é tingido com corantes que podem ser tóxicos ou poluentes. Portanto, outro conceito a ser repensado é a idéia do papel totalmente branco e uniforme, já que estas características só são obtidas a partir de etapas com possíveis danos ecológicos.
Por fim, a otimização do processo e a busca por fontes de energia mais limpas são outras opções de extrema importância para garantir maior sustentabilidade na produção. Desse modo, há menores perdas por fenômenos produtivos indesejados, a eficiência energética aumenta e os gastos com correções, reparos e consumo de energia podem ser reduzidos.
A adoção conjunta dessas ou outras soluções contribui para o ecossistema e leva a alternativas de reaproveitamento e aumento de eficiência para o produtor. Com isso, a indústria de papel e celulose, conhecida pela grande relevância – mas também pelos grandes impactos ambientais -, pode perdurar e se manter atualizada com as tendências da sociedade atual.
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