Atualmente, o mercado de cosméticos tem crescido cada vez mais, trazendo inovações e novas fórmulas. Mas, você sabe quais são as tendências para 2022 e para o futuro? Neste artigo, a Propeq te explica mais sobre essas tendências e o papel da engenharia química nelas!
Nesse conteúdo abordaremos:
- Quais são as expectativas para o mercado de cosméticos?;
- Cosméticos com menos água na composição;
- Biomimetismo;
- Produtos Veganos.
Palavras-chave: cosméticos, vegano, mercado.
Mercado de cosméticos
O mercado de cosméticos vem crescendo e evoluindo muito ao longo dos anos. Atualmente, com o progresso da tecnologia e da ciência, muitas descobertas estão sendo feitas nesta área, tornando os cosméticos cada vez mais seguros e eficientes para a pele.
Mas, você deve estar se perguntando qual o papel da engenharia química neste mercado? Existem muitas novas tendências que necessitam muito de um estudo científico aprofundado, bem como de um escalonamento para uma produção industrial. Neste artigo, a Propeq traz algumas tendências para o mercado de cosméticos de 2022 e do futuro, que também estão intimamente ligadas à engenharia química.
Cosméticos com pouca água na composição
Os cosméticos com pouca ou nenhuma quantidade de água em sua composição têm ganhado bastante espaço no mercado. Tal fato deve-se a uma preocupação maior do consumidor com sustentabilidade e, além disso, muitos cosméticos sem água podem trazer até mesmo benefícios para o nosso organismo.
Em relação à sustentabilidade, os chamados produtos waterless reduzem o consumo de água, poupando um recurso que está cada vez mais escasso no planeta. Além disso, estas formulações permitem o armazenamento em embalagens menores e, muitas vezes, até mesmo em papéis biodegradáveis, como é o caso do xampu em barra. Outro benefício do uso de cosméticos sem água na composição, é a melhora da saúde da pele e dos cabelos. A presença de água em cosméticos faz com que seja necessário o uso de conservantes na formulação, o que pode provocar irritações e alergias no organismo. Também há a vantagem do transporte! Como, em geral, os produtos waterless não são líquidos, os problemas de vazamento e quebra de embalagens são menores.
A marca Pinch of Colour, por exemplo, foi uma das pioneiras nesta área e, atualmente, produz todos os produtos com pouco ou nenhum uso de água, além de fornecer informações sobre o tema em seu site. Sendo assim, esta é uma tendência que vem crescendo bastante, principalmente, pelo seu viés sustentável. Entretanto, por ainda estar em ascensão, muitos estudos na área ainda são necessários.
Biomimetismo
Biomimetismo é a área que tem como foco de estudo a natureza, a fim de aprender e buscar soluções por meio dela. Sendo assim, a estruturação de novos cosméticos tem utilizado bastante essa área, visando proporcionar uma melhor assimilação e absorção dos produtos. O biomimetismo representa um ramo relativamente novo na área da ciência e no campo da beleza, tendo como pilares fundamentais a estética, funcionalidade, sustentabilidade e compreensão dos fenômenos naturais.
Um grande exemplo é a flor de lótus, que apresenta a capacidade de manter-se limpa em ambientes lamacentos, apresentando mecanismos próprios de limpeza e hidrofobicidade. Dessa forma, graças à hidrofobicidade, quando a água entra em contato com as folhas da planta, ela escorre e, assim, leva consigo as sujeiras. Tal fato inspirou a criação de produtos de limpeza de pele com substâncias hidrofóbicas. O chamado “efeito lótus” faz com que o produto penetre em camadas mais profundas por semelhança química com a pele, que, em sua maior parte, também é hidrofóbica.
Também pode-se citar como exemplo o ácido hialurônico, muito presente em produtos de skincare. O ácido hialurônico é produzido naturalmente pela nossa pele, proporcionando sustentação e hidratação. Todavia, a partir dos 25 anos de idade, sua produção começa a decair e, pensando nisso, muitas empresas começaram a desenvolver seu ativo biomimético. Sendo um ativo biomimético, ele é absorvido com mais rapidez, aumentando a eficácia do produto e evitando a obstrução de poros.
Esta é uma das tendências que tem ganhado bastante destaque no mercado e os engenheiros químicos têm papel fundamental, estudando a parte química de processos naturais e levando-os para uma escala industrial, onde podem ter uma ampla aplicação para o ser humano.
Produtos Veganos
É irrefutável que o mercado vem exigindo produtos com uma preocupação maior com o meio ambiente e com aqueles que o habitam. Logo, a onda de produtos veganos cresce em todos os nichos, e o nicho dos cosméticos é um deles. São considerados cosméticos veganos os produtos que não possuem em sua composição matérias-primas de origem animal e/ou que tenham sido testadas em animais.
Uma tendência vegana nos cosméticos é o termo “like effect” , que diz respeito a produtos, geralmente de origem vegetal, que imitam parâmetros como os da Vitamina D Like (Vederine), responsável por estimular o sistema imunológico, principalmente favorecendo a absorção de cálcio e fósforo pelo organismo e regulando células que degradam e formam ossos. Infelizmente, não há regulamentação para incentivar a produção de cosméticos veganos, justamente por essa tendência ser nova e estar tomando espaço no meio. Um problema muito recorrente no mercado é que, por conta dessa defasagem de regulamentação, há muitas empresas que exploram o selo vegano.
Dessa forma, o consumo de produtos veganos tem crescido bastante. Todavia, essa tendência ainda é bem controversa e há muitos consumidores que não se animam com a ideia. Assim, ela ainda deve ser mais estudada e desenvolvida para ser inserida com mais afinco no mercado, ao longo dos próximos anos.
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