Produzido por meio do etanol oriundo da cana-de-açúcar, o polímero apresenta uma contribuição relevante para a redução das emissões de gases do efeito estufa. Além de não utilizar fósseis para sua produção, conta com a captura de CO2 no ciclo de crescimento da matéria-prima. Mantendo sua qualidade e versatilidade quando comparado aos polímeros convencionais, o Polietileno Verde é um produto promissor para o futuro.
Neste conteúdo abordaremos:
- Como é a Produção do Polietileno Verde
- Impactos no meio ambiente
- Como isso impacta a economia
- Vale a pena investir?
Como é a produção do Polietileno Verde:
Tomando como base o ciclo de produção da Braskem, a qual foi a primeira a conquistar o Polietileno Verde certificado do mundo, a empresa utiliza de bio-etanol para a obtenção do produto desejado. A produção de bioetanol é oriundo da fermentação de açúcares, podendo ser diretamente da cana-de-açúcar ou indiretamente do milho (por meio da hidrólise do milho). Após a obtenção do etanol, temos a fase de transformação deste em etileno por meio da remoção de uma molécula de água do etanol, realizando uma reação de desidratação, como descrita a seguir: C5H5OH ←> C2H4 + H2O
Nos reatores, os efluentes são oriundos dos produtos da reação (água e etileno) combinados com uma pequena fração de etanol não reagido e subprodutos das reações envolvidas. Realiza-se a retirada da água do etileno para a obtenção dele bruto, por fim, realiza-se etapas de purificação visando a obtenção de etileno com nível de pureza alta. Assim, com a polimerização de das moléculas de etileno é possível a
produção do Polietileno Verde.

Impactos no meio ambiente:
O plástico verde é produzido 100% a partir do etanol da cana-de-açúcar, o que leva a uma produção mais eficiente. Além disso, há uma crescente profissionalização da área de produção de etanol no Brasil e eficiência desses processos quando voltados a produção de polietileno verde causa excelentes impactos no meio ambiente.
Comparado ao PE petroquímico, que emite 2,1 toneladas de CO₂ por tonelada produzida, o polietileno verde captura 2,5 toneladas, ajudando a reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Além disso, é 100% reciclável, mas não biodegradável, ou seja, não é degradado por microrganismos como fungos e bactérias. Dessa forma, quando ele é descartado sua permanência no meio ambiente pode durar de décadas até séculos. Uma vantagem é que, mantendo as mesmas propriedades da resina convencional, as indústrias não precisam alterar processos produtivos nem reduzir a produtividade para utilizá-lo

Impacto do Polietileno Verde na economia:
Segundo a Forbes, após anos dedicados à pesquisa e desenvolvimento, a Braskem finalmente marcou o início da produção do polietileno verde em escala industrial e comercial, consolidando sua liderança mundial no mercado de biopolímeros. Esse marco ocorreu quando uma unidade industrial de produção no Brasil recebeu um investimento significativo de US$ 290 milhões. Além disso, essa unidade possui capacidade para produzir anualmente 200 mil toneladas de polietileno verde. Vale mencionar, ainda, que essa produção tem tendências claras de expansão, podendo alcançar 260 mil toneladas de capacidade nos próximos anos.
Essa tendência vai além do Brasil — em 2021, 45% das vendas foram para a Europa e 39% para a Ásia, mostrando sua fácil cambialidade. Ademais a Avalio afirma que a demanda desse produto em todo o mundo, deve configurar uma alta ainda maior de vendas. O polietileno verde resulta da combinação de inovação, tecnologia e sustentabilidade, características essenciais para identificar indústrias comprometidas com práticas sustentáveis.
Vale a pena investir em Polietileno Verde?
Analisando a demanda de Polietilenos na última década, há um crescimento significativo de 3,1% ao ano na demanda deste material no mercado brasileiro, de forma que seja necessário a importação do produto para suprir a produção nacional. Assim, investir em polietileno verde é válido por vários motivos: a demanda continuará crescente, especialmente com o aumento populacional e o consequente uso de PEs; além disso, por ser um produto verde que não depende de fontes não renováveis, sua produção permanece viável mesmo diante da possível escassez de combustíveis fósseis.
Como a Propeq pode te ajudar?
Nesse conteúdo, abordou-se etapas do processo produtivo de Polietileno verde. Você ficou interessado nessa área e gostaria de entender como pode incluir na sua empresa a produção do mesmo? Ou precisa de ajuda para otimizar seu processo? A Propeq, consultoria júnior em Engenharia Química da Unicamp, está aqui para te ajudar! Clique abaixo e entre em contato com um de nossos consultores!