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Venha conhecer quais plásticos podem ser reciclados e como!

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Neste conteúdo abordaremos:

  • Reciclagem no momento de alta do preço do plástico;
  • Alguns tipos de plásticos que podem ser reciclados;
  • Reciclagem mecânica e química.

O mercado de reciclagem de plásticos no Brasil possui grande potencial. Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), nosso país é o quarto maior produtor de lixo plástico e recicla apenas 1%. Em média, cada brasileiro gera 1 kg de lixo plástico por semana, então, por ano, descartam-se 11.355.220 milhões de toneladas de plásticos no país. Dessa quantia, apenas 145 mil toneladas são recicladas, assim, esse mercado precisa ser mais explorado.

Além disso, o preço de resinas e de outros derivados poliméricos sofreu um aumento médio de 45%, segundo o Simplast (Sindicato da Indústria do Material Plástico de Minas Gerais), no início deste ano (2021). Esse aumento foi consequência da desvalorização do real, o qual impacta no valor da matéria-prima comprada no país, e o aumento da demanda com poucos fornecedores de resinas.

 Assim, pode-se observar impactos em diversos setores, desde bobinas e chapas plásticas até os de modelagem do polímero. Portanto, a reciclagem de plástico, torna-se uma alternativa para obtenção da matéria-prima em virtude do cenário atual.

imagem resumindo o cenário atual da reciclagem de plásticos no Brasil com dados descritos no texto

Quais plásticos podem ser reciclados?

Entendendo a importância da reciclagem, é possível que as indústrias realizem-na com seus subprodutos ou a partir de uma empresa de reciclagem de materiais especializada. Antes de processar os plásticos, há a separação de acordo com seus tipos. No conteúdo tendências de plásticos sustentáveis, indicamos algumas destas categorias. A título de exemplo, o SEBRAE indica alguns plásticos que podem ser reciclados e como essa matéria prima é obtida a partir dos subprodutos:

  • Garrafas PET: utilizadas após a reciclagem para a produção de novas garrafas e frascos, desde que não sejam destinados a produtos alimentícios ou fármacos.
  • Plásticos filme: Como os utilizados para sacolas de supermercado e plásticos de proteção de alimentos. Novos plásticos semelhantes fazem uso do produto dessa reciclagem.
  • Plástico rígido: É o material que compõe embalagens de produtos de limpeza, potes de alimentos, e reciclado é matéria prima para fibras têxteis, tubos, eletrodomésticos e outros.

A reciclagem é fundamental para redução do consumo e reaproveitamento de subprodutos. Os plásticos reciclados em novos produtos promovem também menor necessidade de tratamento de resíduos e lixo que, quando não reciclado, é aterrado, sem controle ambiental.

Reciclagem mecânica

A reciclagem mecânica é a rota mais comum e simples, destinando-se principalmente para os termoplásticos, ou seja, para aqueles polímeros que podem ser fundidos e novamente moldados sem que as propriedades químicas e as cadeias poliméricas se alterem. Esse processo exige que os plásticos sejam devidamente separados, uma vez que o processo mecânico é realizado para um tipo ou uma mistura específica de polímeros.

Então, a primeira etapa é de seleção dos polímeros, a qual é feita de forma manual, depois cada fração deve passar por uma moagem, para atingir a granulometria correta. Assim, é preciso fazer uma lavagem com água e secar posteriormente o material para auxiliar na extrusão do polímero.

Sendo assim, coloca-se o plástico de interesse em uma extrusora, a qual possui uma rosca que, por atrito e altas temperaturas, consegue fundir o material a partir da fricção com o equipamento. Então, nesse processo, a massa plástica torna-se homogênea, e na saída do equipamento, o material é resfriado com água e “picotado” para a formação de pallets de plástico reciclado.

Reciclagem Química

A reciclagem química é dedicado à produção de plásticos com alta qualidade, pois aproxima-se do polímero virgem. Assim, existem três rotas principais, sendo elas: a Dissolução, a Despolimerização e a Conversão.

A Dissolução é um processo com grande potencial para a reciclagem de saquinhos plásticos de polietileno. Assim, separa-se o material e o dissolvemos em solventes com auxílio de temperatura, e sem alterar a estrutura química, misturam-se aditivos com objetivo de o reutilizar essa matéria prima.

Em contrapartida, a Despolimerização, é um processo mais complexo, uma vez que as cadeias poliméricas precisam sem clivadas (quebradas) para a obtenção do monômero. Esse processo é muito aplicado para a reciclagem de PET, o qual é realizado com auxílio de solventes compatíveis com o material e temperatura altas. Além disso, ainda é preciso realizar isolar os contaminantes, para garantir que a qualidade final seja similar ao material virgem.

A Conversão também visa a obtenção do monômero original, como na Despolimerização. Mas, a rota produtiva é diferente, e não é preciso separar os polímeros pela sua categoria, ou seja, pode-se usar uma mistura de plásticos. Para tal, em um reator com altas temperaturas, realiza-se a quebra das cadeias, e pode-se obter um líquido (processo sem oxigênio) ou uma gás (processo com oxigênio). O produto obtido, ainda passa por purificações, que podem ser realizadas em torres de destilação, e dessa maneira, passam pela polimerização novamente, de acordo com suas especificidades químicas. Portanto, como o processo visa a obtenção da matéria-prima original, o produto final pode alcançar qualidades iguais às do material original.

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