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Saiba mais a produção de esmaltes

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É notório o crescimento da produção dos esmaltes no mercado global. Venha conhecer um pouco mais sobre o assunto!

Neste conteúdo abordaremos:

  • Introdução
  • Composição dos esmaltes
  • Produção de esmaltes
  • A ciência por trás do produto e o meio ambiente
  • Utilidades do esmalte e seu papel no mercado global

Introdução

Os primeiros indícios da existência e produção de esmaltes datam de aproximadamente 3500 a.C., período no qual mulheres chinesas pintavam as unhas como um sinônimo de posição social, assim apenas os membros da família real podiam usar cores como dourado ou prateado. No Egito, por volta de 30 a.C. o costume de pintar unha foi difundido, também possuindo um caráter hierárquico. É dito que durante o reinado de Cleópatra apenas ela podia pintar as unhas de vermelho, enquanto mulheres das classes menos favorecidas só estavam autorizadas a usar tons claros.

Com isso, os esmaltes passaram por anos de evolução, sendo popularizados no século XIX, levando ao uso de novos ingredientes na composição. Com isso, em 1932, os irmãos Charles e Joseph Revson criaram o esmalte brilhante e colorido com pigmentos. Por fim, na década de 70 despontam os esmaltes sintéticos, tal qual conhecemos hoje. Mas como exatamente ocorre a produção de esmaltes? Qual seria essa composição deles?

Composição dos esmaltes

A composição dos esmaltes pode variar bastante de acordo com as especificações dos mesmos, posto que muitas vezes deseja-se obter características específicas, como o brilho, a opacidade, a textura ou cor. Entretanto, no geral, a composição base dos esmaltes baseia-se em 85% de solventes e 15% de resinas (polímeros) e plastificantes, cujas funções são:

Solventes

São responsáveis por dispersar as demais substâncias, ajudando a espalhar o esmalte. Ademais, mantêm os ingredientes dissolvidos no produto durante a aplicação, mas depois disto evaporam. Os solventes podem evaporar em taxas diferentes, por isso, faz-se de muitos solventes em conjunto para criar um tempo de evaporação ideal, o que implica no tempo de secagem. Os solventes mais usados são:

  • Álcool etílico: dissolve os ingredientes no esmalte
  • Álcool isopropílico: ajuda a evitar uma possível explosão de nitrocelulose durante o transporte e o armazenamento. 
  • Acetato de etila: fabricado a partir de ácido acético (vinagre) e etanol, possui odor frutado e evapora rapidamente.
  • Acetato de butila: um solvente fabricado a partir de ácido acético e butanol, produzido por fermentação. Esse solvente evapora mais lentamente.
  • Tolueno: controla a taxa de evaporação e a suavidade do revestimento final. 
  • Bentonita de esteralcônico: agente espessante que controla o fluxo durante a aplicação, ajudando também a impedir a rápida sedimentação de pigmentos. 
  • Benzofenona-1:  absorve UV que evita alterações de cor do esmalte
  • Dimeticona – um “agente secante” usado para acelerar a secagem do esmalte.

Resinas (polímeros)

São responsáveis pelo brilho, aderência  e aspecto de filme que o esmalte possui após a secagem. Assim, para tal emprega-se dois polímeros em conjunto, tosilamida ou resina de formaldeído (resina de TSF) e nitrocelulose. 

  • Nitrocelulose: um polímero que provém do algodão ou da madeira através de uma reação química de ácidos nítrico e sulfúrico. Este cria a superfície dura e brilhante do esmalte, mas é quebradiço quando usada sozinho. 
  • Tosilamida ou resina de formaldeído (resina TSF): atua junto com a nitrocelulose, reduzindo a fragilidade, melhorando a adesão e criando um polimento mais durável. 

Plastificantes

Conferem ao esmalte maior flexibilidade, além de aumentarem a durabilidade. Dentre os plastificantes, destacam-se:

  • Cânfora: obtido das folhas da planta medicinal canforeira, funciona como plastificante da nitrocelulose
  • Copolímero de etileno: impede o esfarelamento 
  • Polimetilacrilato: une os ingredientes
  • Esteralcônio de hectorita: em contato com a temperatura corporal leva à evaporação dos solventes 
  • Poliuretano: junta os pigmentos evitando um acúmulo e eventual deposição no fundo do frasco

Além disso, também são adicionados diferentes tipos de pigmentos, responsáveis, por exemplo, por conferir a aparência cintilante, aumentar a opacidade, controlar a intensidade da cor ou então produzir um efeito perolado. 

produção de esmaltes

Produção de esmaltes

A produção de esmaltes começa com uma mistura dos compostos mencionados acima, a fim de formar uma massa homogênea. Tal mistura então passa por um processo de agitação por cerca de 30/40 minutos, chegando-se a uma emulsão. Em seguida adiciona-se verniz. Já quanto a coloração, coloca-se a mesma aos poucos no final do processo de fabricação.  

Por fim, essa mistura passa por uma etapa de filtragem, na qual realiza-se a retirada de resíduos e após isto é encaminhada para o envasamento em frascos de vidro com tampa.

Destaca-se que depois de pronto, o produto deve passar por uma série de testes, nos quais são avaliadas sua textura, durabilidade, densidade e outros aspectos relevantes para a sua comercialização. 

A ciência por trás do produto e o meio ambiente

O processo de secagem do esmalte nas unhas se inicia com a evaporação dos solventes voláteis que viabilizam o fácil deslizamento do produto durante a aplicação. Após a evaporação, uma película sólida se forma, aumentando assim, a durabilidade do esmalte na superfície da unha. O tempo de secagem depende diretamente da taxa de evaporação dos solventes líquidos. Quanto mais alta a condição de temperatura, mais rápido será o processo. 

Desse modo, já em relação ao meio ambiente, o esmalte não é um bem de consumo reciclável e, quando descartado diretamente no meio ambiente, culmina na contaminação do solo e das águas. Caso ocorra a incineração, o esmalte pode liberar gases tóxicos comprometendo ecossistemas e a qualidade de vida no planeta.

Para que haja a correta reciclagem da embalagem de vidro, deve-se retirar toda a substância do frasco. Com isso, Em um papel de jornal, recomenda-se deixar escorrer o máximo possível do produto e, logo em seguida, utiliza-se removedor de esmaltes para eliminar os resíduos no fundo do recipiente. Após a completa limpeza do frasco, ele está apto para ser submetido à reciclagem.

Vale ressaltar que o descarte inadequado do esmalte em ralos causa a poluição de toda a rede de esgotos e, consequentemente, contamina as águas com os microplásticos provenientes dessa substância.

Utilidades do esmalte e seu papel no mercado global

Além do âmbito estético, o esmalte pode ser empregado no cuidado para a saúde das unhas, as deixando protegidas e saudáveis. Dentre os benefícios que o produto entrega estão a recuperação, hidratação, fortalecimento e crescimento da unha.

No mercado, existem uma gama de esmaltes, cuja finalidade depende do problema específico enfrentado pelo consumidor, por exemplo, há esmaltes com ação antifúngica recomendados para o tratamento de micose.

O esmalte no mercado mundial tem um papel importante e muito próspero, uma vez que, com o passar do tempo, diferentes espectros de coloração e formulações são desenvolvidas e a tecnologia é aprimorada para atender as mais diversas demandas.

Como a Propeq pode te ajudar?

Neste conteúdo, abordou-se sobre a produção de esmaltes, bem como a composição dos mesmos. Você ficou interessado, viu uma possibilidade, gostaria de conhecer melhor o processo; mas não sabe por onde começar? A Propeq, consultoria júnior em Engenharia Química da Unicamp, está aqui para te ajudar! Clique abaixo e entre em contato com um de nossos consultores!

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