Em qualquer lugar que vamos, somos cercados por cheiros e aromas. Perfumes, cremes, hidratantes e até mesmo alimentos exalam fragrâncias que despertam memórias, conforto e muitas outras sensações. Dessa forma, percebemos que as fragrâncias estão por toda parte e, neste conteúdo, você conhecerá mais sobre suas características e sobre a produção industrial de aromas.
Neste conteúdo abordaremos:
- Aplicações e mercado de aromas e fragrâncias
- A química por trás da indústria do “cheiro”
- Processos de produção de aromas e fragrâncias
Aplicações e mercado de aromas e fragrâncias
Ao contrário do que muitos pensam, o mercado de fragrâncias não está restrito apenas aos perfumes. Muitos dos produtos que consumimos possuem aromatizantes em sua composição para despertar sensações e melhorar a experiência do consumidor.
Na indústria alimentícia, usam-se os aromatizantes para ressaltar o cheiro dos alimentos ou para conferir a eles um aroma mais próximo de alimentos frescos ou in natura, o qual não está presente em alimentos industrializados.
Além dos perfumes, outros cosméticos e produtos de personal care, por exemplo, usam de aromatizantes e fragrâncias para despertar sensações como frescor e bem-estar. Da mesma forma, produtos de limpeza também exploram os cheiros para trazer à tona o prazer de se sentir em um ambiente limpo e perfumado.
Portanto, usa-se, frequentemente, a aromatização de ambientes para provocar sentimentos e reações, amplificando a experiência sensorial de clientes em lojas e shoppings.
Conforme visto, os aromas, sejam eles naturais ou artificiais, apresentam um mercado amplo e em expansão. Por ano, movimentam bilhões de reais no Brasil e no mundo, gerando, dessa forma, empregos e oportunidades de empreendimento.
A Química por trás da “indústria do cheiro”
Os aromatizantes e fragrâncias utilizados na indústria são compostos por moléculas orgânicas extraídas da natureza ou sintetizadas artificialmente. Nos dois casos, essas moléculas receptores localizados em nosso sistema olfativo percebem essas moléculas, despertando, assim, a sensação provocada pelo odor. Essas moléculas, portanto, são as responsáveis por conferir os aromas característicos de produtos e alimentos.
Cada molécula é responsável por um aroma característico. Esses aromas podem ser naturais, sintéticos ou artificiais. Os aromas naturais possuem origem em moléculas extraídas de animais ou vegetais. Os sintéticos são originados da mesma molécula do aroma natural, mas sintetizada em laboratório. Já os aromas artificiais são provocados por moléculas diferentes do aroma natural, mas que despertam um aroma semelhante e que podem ter origem sintética ou natural.
Alguns exemplos dessas moléculas são o mentol (2-isopropyl-5-methylcyclohexanol), usado na indústria de produtos de limpeza e de cosméticos para despertar o aroma de menta e a vanilina (4-Hidroxi-3-metoxibenzaldeído), responsável pelo aroma da baunilha.
Algumas grandes empresas como a Basf e a Symrise, por exemplo, sintetizam essas moléculas em grande escala em plantas químicas. Contudo, esses processos envolvem reações químicas e processos de separação mais sofisticados, como a decantação e a destilação. Frequentemente, os aromas são extraídos de fontes naturais em processos diversos e que serão detalhados a seguir.
Processos de produção industrial de aromas e fragrâncias
A produção industrial de aromas e fragrâncias extraídos de fontes naturais realiza-se de diversas maneiras. Geralmente, os processos possuem as seguintes etapas em comum: tratamento da matéria prima, extração, mistura e envase. A principal diferença entre os diferentes processos está na etapa da extração.
Antes da extração, ocorre o tratamento da matéria prima. Nessa etapa, os produtores lavem e trituram as fontes naturais, submetendo-as, portanto, a pré tratamentos que facilitarão o processo de extração. Dentre os variados processos de extração, destacamos três.
Hidrodestilação
A hidrodestilação é um processo que consiste em extrair óleos essenciais de fontes naturais através do arraste do vapor de água. Aquece-se a fonte juntamente com a água, e a pressão de vapor da água reduz o ponto de ebulição desses óleos essenciais, os quais, então, evaporam e são arrastados pelo vapor d’água.
Extração com solvente
Esse processo explora a diferença de solubilidade entre o óleo essencial e as impurezas contidas na fonte. Emprega-se um solvente no qual o óleo é mais solúvel do que as impurezas, separando, assim, essas duas fases.
Prensagem a frio
Esse método consiste basicamente na aplicação de uma pressão sobre a fonte, provocando a extração do óleo. O equipamento utilizado é uma prensa mecânica, e esse processo garante a extração de um óleo com maior pureza.
Após a etapa de extração, mistura-se o óleo com outros insumos que compõem o produto final, o qual é, então, envasado e transportado para onde será comercializado.
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