A amônia é um dos produtos químicos mais importantes do mundo, sendo essencial para a produção de fertilizantes, no entanto, sua produção tradicional consome grandes quantidades de energia e é altamente dependente de combustíveis fósseis, gerando elevadas emissões de CO₂. Para enfrentar esse desafio ambiental, surge a amônia verde, uma alternativa sustentável e alinhada à economia de baixo carbono. Venha conhecer mais sobre e como produzi-la.
Neste conteúdo abordaremos:
- O que é amônia verde?
- Vantagens e aplicações da amônia verde;
- Produção de amônia verde;
- Desafios e perspectivas para o futuro.
O que é amônia verde?
A amônia (NH₃) é um composto formado por nitrogênio e hidrogênio, sendo muito importante na fabricação de fertilizantes e produtos químicos industriais. Entretanto, sua produção tradicional via Haber-Bosch demanda muita energia e depende de combustíveis fósseis, tais como o gás natural, resultando na emissão de 2 toneladas de CO₂ para cada tonelada de amônia produzida. Enquanto isso, a produção de amônia verde utiliza fontes de energia renováveis e dispensa o uso de gás natural como matéria-prima. A eletrólise da água, quando alimentada por energia solar, eólica ou hidrelétrica, gera o hidrogênio necessário para a síntese da amônia sem emitir carbono. Sendo assim, a amônia verde, ou seja, aquela derivada de recursos renováveis é uma alternativa aos processos tradicionais de obtenção desse composto tão importante.

Vantagens e aplicações da amônia verde:
Indústrias de fertilizantes utilizam a amônia como fonte essencial de nitrogênio para o crescimento das plantas. Além disso, fábricas de produtos químicos a empregam na produção de ácido nítrico, explosivos, fibras sintéticas, corantes e produtos farmacêuticos. Sua versatilidade também a torna um insumo estratégico para diversas cadeias produtivas, promovendo uma transição mais sustentável na indústria química. Nesse sentido, podemos destacar a capacidade como transportador de energia, já que a amônia permite o transporte e armazenamento de hidrogênio, que pode ser recuperado pela quebra da molécula de NH₃. Além disso, também há o potencial de aplicação como combustível para navios ou em caldeiras, turbinas ou motores.
Isso significa que a produção de amônia através de fontes renováveis é extremamente importante, já que contribui para a redução de CO₂, pode ser utilizada como vetor energético e promove a sustentabilidade no setor agronômico através de uma cadeia produtiva menos agressiva ao meio ambiente. Por fim, também reduz a dependência de insumos como o gás natural, tornando a produção independente de importações e da volatilidade dos preços de combustíveis fósseis.

Produção de amônia verde:
A produção de amônia de forma renovável é semelhante ao método industrial tradicional, baseando-se no mesmo processo de Haber-Bosch que consiste na combinação de nitrogênio e hidrogênio nas condições ideais para favorecer formação de amônia em um reator de conversão. A principal diferença está na origem do hidrogênio utilizado, já que a produção tradicional extrai hidrogênio do gás natural, liberando gases do efeito estufa. Enquanto que, no método sustentável, o hidrogênio verde, produzido por meio da eletrólise da água usando fontes de energia renováveis, assim, oferecendo uma alternativa limpa para substituir o hidrogênio derivado de combustíveis fósseis. O processo de separação do ar atmosférico, através da destilação criogênica, é responsável pela obtenção do nitrogênio necessário para a produção.
Alguns aspectos são muito importantes de se monitorar ao longo da produção, já que afetam a segurança e eficiência da produção. São eles a contaminação por oxigênio, condições de temperatura, catalisadores, proporção estequiométrica de hidrogênio/nitrogênio e a pressão no reator. Dessa maneira, fica evidente como, apesar de ser um processo simples, há muitas variáveis que podem influenciar o produto final.
Desafios e perspectivas para o futuro:
Apesar de seus benefícios, a produção de amônia verde ainda enfrenta desafios técnicos e econômicos. O custo elevado da eletrólise e a necessidade de grande disponibilidade de energia renovável são barreiras que precisam ser superadas para tornar essa alternativa competitiva em larga escala. Além disso, o armazenamento de hidrogênio também representa um grande desafio, já que, devido à sua baixa densidade, ele requer altas pressões ou temperaturas extremamente baixas, o que o torna caro. Todos esses fatores fazem com que a amônia verde tenha desvantagens econômicas para competir com processos tradicionais, sendo assim, necessário tomar alguns passos quanto a incentivos e barateamento do processo produtivo.
Vale ressaltar que empresas e governos ao redor do mundo estão investindo fortemente no desenvolvimento de plantas-piloto e na construção de infraestrutura para a produção de amônia verde. Projetos de larga escala já estão sendo planejados na Europa, Austrália e América Latina, impulsionando a transição para uma economia mais sustentável. Assim, contribuindo para vencer as barreiras que impedem a substituição em larga escala do método tradicional de produção.
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