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Indústria automotiva: a reciclagem de pneus e óleos lubrificantes

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Neste conteúdo, abordaremos:

  • Pautas ambientais
  • Reciclagem de pneus
  • Reuso de óleos lubrificantes


Você sabia que a indústria automotiva é responsável por diversos resíduos? Além disso, muitos desses materiais, que poderiam ser reciclados ou reutilizados, são descartados. Leia nosso conteúdo e entenda como funciona a reciclagem de pneus e o refino de óleos lubrificantes.

Pautas ambientais 

A indústria automotiva é responsável por um grande número de resíduos que, se descartados incorretamente, podem gerar grandes malefícios para o meio ambiente e para a sociedade em geral.

Dois destes resíduos são os pneus e óleos lubrificantes. Nestes materiais, ocorre a perda de suas funcionalidades com o avanço do tempo e há a necessidade de realizar a troca periodicamente. Nos pneus, pelo atrito direto com o asfalto, ocorre o desgaste de sua banda de rodagem, enquanto os óleos lubrificantes contaminam-se e deterioram-se perdendo, assim, suas propriedades.

O descarte destes produtos deve compactuar com as  normas específicas impostas pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que, se não seguidas, podem ocasionar grandes consequências ambientais.

No caso dos pneus, se apenas jogados em lixões ou ruas, eles demorarão cerca de 600 para se decompor totalmente, causando vários danos ambientais, entre eles o aumento na quantidade  de microplásticos, que são pequenos fragmentos de resíduos plásticos, no solo e água, o que causa a contaminação destes substratos. Já o descarte errôneo de óleos lubrificantes é ainda mais prejudicial. 

Por exemplo, se expostos ao solo podem contaminá-lo, inviabilizando a agricultura no local, ou ainda atingir lençóis freáticos, tornando a água presente neles imprópria para consumo. Ainda, se jogados no esgoto há a possibilidade de atrapalhar as estações que fazem seu tratamento e, se queimados, geram uma fuligem tóxica com diversos poluentes.

Assim, o que pode ser feito com estes resíduos? A resposta é reciclagem e reuso.

Reciclagem de pneus

Existem três principais formas de reciclagem de pneus. A primeira envolve a remoção da banda de rodagem restante e a aplicação de uma nova, permitindo que o pneu seja reutilizado em automóveis. Além disso, pode ocorrer a queima do pneu para obtenção de energia em fornos industriais, visto que o poder calorífico da borracha é grande se comparada a outros materiais. 

Por fim, a última forma é a transformação do pneu em outro produto por meio de alguns processos. Primeiramente, coleta-se os pneus e separa-se a borracha outros materiais como metais e tecidos. Posteriormente, corta-se e tritura-se a borracha. Por fim, o material triturado passa por um conjunto de peneiras para manter uma uniformidade no tamanho dos grãos de borracha formados. 

Na próxima parte do processo, retiram-se os produtos químicos que conferiam certas propriedades aos pneus, mas que podem ser prejudiciais ao novo produto formado. Realiza-se esse processo através da digestão do material em vapor de água. Por fim, leva-se o produto da digestão por vapor a um moinho para ser refinado e transformado em uma manta uniforme de borracha. Utiliza-se essa manta em diversas áreas como na construção civil, na formação de uma mistura para a produção de asfalto, na produção de piso para quadras esportivas ou como matéria prima na confecção de tapetes automotivos, calçados e outros produtos formados por borracha.

Reuso de óleos lubrificantes

Óleos lubrificantes usados ainda contêm cerca de 80% de óleos básicos que podem ser reutilizados. No entanto, eles se contaminam com o tempo durante o uso em veículos, sendo necessário submetê-los a alguns processos de purificação, chamados de refino.

Primeiro, os laboratórios devem testar o óleo usado para identificar os contaminantes e detalhar as condições operacionais mais adequadas. Depois disso, inicia-se o processo de rerrefino. A primeira etapa é a filtração do óleo para a retirada de impurezas e o aquecimento do mesmo para desidratá-lo.

Após estes processos iniciais, se dá início a destilação. Primeiro separa-se as frações mais leves com o óleo mais puro e, a temperaturas mais altas, separa-se as partes mais pesadas e degradadas do óleo. Chama-se o óleo obtido neste de óleo desasfaltado. 

Depois, leva-se o óleo desasfaltado para um tanque onde adiciona-se ácido sulfúrico que retirará outras impurezas. Não obstante, essas impurezas não sofrem descarte, já que elas podem ser utilizadas como combustível pesado. Por fim, há o processo de neutralização para a retirada do teor ácido e uma nova filtração, assim, obtém-se o óleo rerrefinado. 

Esta é apenas uma das variadas rotas de rerrefino que mostra-se como um processo altamente vantajoso para empresas, visto que os óleos lubrificantes são subprodutos do petróleo e, se ocorrer a reutilização, é possível obter um maior volume do produto final para a venda com menor quantidade de matéria prima, além de que há a possibilidade de venda de muitos dos subprodutos do rerrefino.

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