O refinamento de óleos vegetais tem como objetivo aprimorar as propriedades do óleo, tornando-o mais adequado para consumo e uso industrial. Através de uma série de etapas, o refinamento visa garantir um produto final de maior qualidade, estabilidade e segurança. Venha conhecer mais sobre o processo e suas tendências!
Neste conteúdo abordaremos:
- O Que é Refinamento?
- Processos de refinamento
- O Contexto Brasileiro
- Desafios e Tendências
O Que é Refinamento?
O refinamento de óleos vegetais é um conjunto de processos industriais utilizados para purificar óleos extraídos de sementes, frutas ou outros vegetais. Como resultado, remove impurezas, substâncias indesejáveis e componentes que podem afetar a qualidade, sabor e segurança do produto final. Neste cenário, o objetivo do refinamento é melhorar a estabilidade, a aparência e a vida útil do óleo, tornando-o adequado para consumo humano ou para uso em produtos industriais.
O processo de refinamento resulta em óleos com melhor sabor, cor mais clara e maior estabilidade para armazenamento. Porém, também pode remover algumas substâncias benéficas, como os antioxidantes naturais e certos nutrientes.
Processos de refinamento
O processo de refinamento de óleos vegetais envolve várias etapas para remover impurezas e melhorar a qualidade do óleo, essas são:
1 – Degomagem: remove impurezas como os fosfolipídios (gomas), que podem interferir em outros processos de refinamento e afetar a estabilidade do óleo. Para isso, trata-se o óleo bruto com água ou ácido, fazendo com que as gomas se precipitem e possam ser removidas por centrifugação ou filtração.
2 – Neutralização(desacidificação): reduz ou elimina os ácidos graxos livres, que podem resultar em um sabor amargo ou aumentar a acidez do óleo. O processo envolve o tratamento do óleo com uma solução alcalina, geralmente hidróxido de sódio (NaOH), que reage com os ácidos graxos livres formando sabões.
3 – Descorificação ou Descoloração: remove pigmentos e compostos coloridos do óleo, melhorando sua aparência e estabilidade por meio de materiais adsorventes, como argilas descolorantes ou carvão ativado.

4 – Desodorização: elimina odores e sabores indesejáveis, que podem ser causados por compostos voláteis ou ácidos graxos livres através do aquecimento do óleo a alta temperatura. Ademais, submete-o a um processo de destilação a vácuo, momento em que remove os compostos voláteis, responsáveis pelos odores, melhorando o sabor e o aroma do óleo.
5 – Hidrogenação: modifica a estrutura dos ácidos graxos insaturados, transformando-os em saturados. Como resultado direto, o óleo se torna mais estável e suas propriedades físicas se alteram, especialmente o ponto de solidificação. Esse procedimento, que envolve o tratamento do óleo com hidrogênio sob alta pressão na presença de um catalisador, adiciona hidrogênio às ligações duplas dos ácidos graxos insaturados. Consequentemente, a saturação das ligações duplas leva à solidificação do óleo em temperatura ambiente. Por fim, essa técnica é amplamente utilizada na produção de margarina e gorduras vegetais, produtos que exigem uma consistência sólida à temperatura ambiente
6 – Filtração: remove impurezas sólidas do óleo como restos de sementes ou outros contaminantes que permaneceram após a extração.
O Contexto Brasileiro
No Brasil, o processo de refinamento é realizado principalmente em grandes indústrias alimentícias e de óleo, com foco em óleos como o de soja, milho, girassol e canola. As plantas de refinamento no país são bastante modernas e seguem normas rigorosas de qualidade e segurança alimentar, além de atenderem a regulamentações ambientais e de saúde pública.
Além disso, a demanda por óleos refinados no Brasil é alta, tanto para consumo doméstico quanto para a produção de alimentos processados, como margarinas, maioneses, frituras e outros produtos. O Brasil também exporta grandes quantidades de óleos vegetais refinados para diversos países, especialmente para mercados na América Latina, Ásia e Europa.
Desafios e Tendências
O refinamento de óleos no Brasil também enfrenta desafios relacionados ao impacto ambiental do processo, principalmente no que diz respeito ao uso de energia e água, bem como à geração de resíduos. Nesse contexto, há uma tendência crescente para o uso de tecnologias mais sustentáveis, tais como processos que economizam água e energia e que minimizam a geração de resíduos.

Além disso, a crescente demanda por óleos mais saudáveis, como os óleos ricos em ácidos graxos insaturados, tem incentivado a indústria a inovar e desenvolver novos processos que atendam a essas preferências dos consumidores.
Em geral, o refinamento de óleos e gorduras no Brasil segue práticas industriais modernas que buscam melhorar a qualidade do óleo. Enquanto atendem às exigências nutricionais e ambientais.
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Neste conteúdo, abordaram-se os processos de refinamento de óleos vegetais, um mercado em crescimento e com grande demanda no Brasil. Nesse contexto, é essencial contar com inovação e expertise técnica para atender às necessidades dessa indústria. A Propeq, consultoria júnior em Engenharia Química da Unicamp, está pronta para auxiliar sua empresa no desenvolvimento de soluções eficientes e personalizadas. Clique abaixo e fale com um de nossos consultores!