Nesse conteúdo abordaremos:
- Qual o papel do refino do petróleo?
- Como ele funciona?
Introdução
O refino do petróleo é um processo industrial complexo que transforma o petróleo bruto, uma mistura viscosa de hidrocarbonetos, em produtos valiosos e utilizáveis, como gasolina, diesel, querosene, óleo lubrificante e inúmeros outros. Este processo é essencial para atender às necessidades energéticas e de matérias-primas da sociedade moderna. O refino do petróleo ocorre em várias etapas principais: destilação, conversão, tratamento e mistura. Cada uma dessas etapas desempenha um papel crucial na separação e transformação dos componentes do petróleo bruto em produtos finais específicos. Neste texto a Propeq explica como funciona o processo de refino do petróleo.
Qual o papel do refino do petróleo?
O petróleo ainda é, nos dias atuais, um dos compostos mais importantes para a indústria. Em sua forma bruta, é uma complexa mistura líquida e oleosa formada, predominantemente, por hidrocarbonetos, além de impurezas e outros componentes. O objetivo do refino é separar essa mistura complexa de hidrocarbonetos e outros componentes em compostos mais simples, com grande utilidade para o mercado. Dessa forma, no Brasil, existem 17 refinarias atuando, sendo que 13 delas pertencem à Petrobras.
Como o refino do petróleo funciona?
O refino do petróleo funciona em etapas, como apresentado na introdução; primeiramente, ao chegar na refinaria, o líquido passa por uma etapa de filtração e decantação, a fim de remover algumas impurezas. Além disso, as operações de refino principais podem ser divididas em: separação, conversão e tratamento.
Separação
São técnicas de natureza física, que visam obter frações mais simples do petróleo. Dois exemplos dessa etapa são: destilação atmosférica e destilação à vácuo. Ambas destilações são bem semelhantes.
Na atmosférica, uma fornalha aquece o petróleo bruto, vaporizando boa parte de seus componentes. Em seguida, a mistura aquecida segue para uma torre de destilação à pressão atmosférica, onde ocorre a separação das frações propriamente ditas. A torre possui pratos e bandejas ao longo de sua extensão, e a temperatura vai decaindo conforme se aproxima do topo. Assim, o vapor se condensa ao entrar em contato com essas bandejas, de acordo com as diferentes temperaturas de ebulição, retendo cada uma das frações. Os componentes com ponto de ebulição muito baixo saem na fase gasosa, no topo da coluna. Em contrapartida, os resíduos mais pesados são retidos no fundo da torre e seguem para uma destilação à vácuo, onde ocorre a separação dos mesmos.
Estes resíduos não podem ser destilados sob pressão atmosférica sem que ocorra decomposição térmica, por isso, a destilação ocorre em pressões muito baixas, o que reduz o ponto de ebulição dessas frações. Nesse caso, não há retirada de produto de topo, saindo somente vapor d’água, hidrocarbonetos leves e ar de possíveis vazamentos. Na figura abaixo, estão esquematizadas essas duas etapas de destilação.
Conversão
Esta etapa apresenta natureza química e visa transformar uma fração do petróleo em outra ou alterar drasticamente a estrutura molecular de uma das frações. Assim, há o craqueamento, que visa quebrar as moléculas e transformá-las em outras menores. Um exemplo é o craqueamento térmico, no qual altas temperaturas e pressões promovem a quebra das moléculas. Tal etapa tem uma importância bem grande, pois torna frações menos rentáveis em frações de maior comercialização. Como exemplo, pode-se citar a quebra do querosene em gasolina e eteno.
- Tratamentos
Finalmente, são realizadas as operações de tratamento, para adequar a qualidade do produto à exigência do mercado.
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