Os sabonetes líquidos são semelhantes aos sabões, porém, quimicamente mais leves. Estes possibilitam a existência de uma maior variedade produtiva quando comparados aos produtos anteriores quanto a cores, aromas, etc. Os processos de confecção desses compostos vêm se alterando intensamente e, recentemente, adquiriram novos rumos a fim de tornar as produções destes mais sustentáveis. Tem-se como exemplos aqueles que não são oriundos de fontes animais, seguindo essa tendência e abrindo espaço para a origem desses sabonetes veganos. Você conhece esse mercado de produção de sabonetes líquidos veganos? Neste conteúdo abordaremos:
- Principais diferenças entre sabonetes convencionais e veganos
- Composição e produção de sabonetes líquidos veganos
- Importância das embalagens e rótulo no produto em questão
Quais as principais diferenças entre os sabonetes líquidos convencionais e veganos?
Dentre os sabonetes líquidos, a grande maioria dos produtos no mercado classificam-se como sintéticos. Tendo sua origem nas frações do petróleo, esses recursos são não-renováveis e de alto impacto ambiental em sua obtenção e descarte. Entretanto, há, hoje em dia, aqueles classificados como naturais, ou seja, que são oriundos de matérias-primas unicamente de origem natural, como vindos de plantas (óleos essenciais, corantes, entre outros) ou de subprodutos animais, com destaque ao mel.
Na produção dos convencionais adicionam-se conservantes, espessantes e surfactantes a fim de garantir sua estabilidade. Isso torna sua produção afastada do ideal de sustentabilidade e ambientalmente correta. Os surfactantes são compostos orgânicos presentes em detergentes (como o lauril sulfato de sódio ou dodecilbenzenosulfonato). Ao mesmo tempo, os tensoativos não biodegradáveis, ou seja, que contêm parabenos orgânicos, que impactam de forma intensa os ecossistemas. Esses compostos, quando são descartados nos esgotos domésticos e comuns, ocasionam a formação de camadas de espuma nos corpos de água. Estas impedem a entrada de oxigênio e luminosidade na água, interferindo na vida aquática e gerando poluição das águas. O uso de compostos de origem ambiental não perigosos à biosfera, no caso vegano, evita tais problemáticas. A geração de espumas que se degradam rapidamente no meio ambiente e são amigáveis ao descarte, mitigando tais problemas.
Devido à susceptibilidade de reações alérgicas que podem surgir com o uso dos produtos sintéticos, sabe-se que usam-se testes em animais antes da circulação e venda do produto tradicional em questão, o que também é uma problemática para essa categoria. Em contrapartida, a busca por meios terceiros de teste e métodos sem uso de animais compõem o itinerário dos sabonetes veganos deste tipo.
Composição e produção específica a um sabonete líquido vegano
Quanto à composição e fabricação desses produtos destaca-se que a produção ocorre com grande facilidade em pequena escala, a baixo custo e com grande agilidade, com a possibilidade de personalização e detalhe individual dado ao produto final, garantindo aumento no valor agregado deste. Nesse formato, que costuma a ser o mais procurado para complementação de renda e início do negócio, pode-se utilizar materiais mais específicos devido às condições mais brandas de temperatura, pressão e agitação.
Usa-se na primeira etapa de preparação da base, mais comumente, a pectina como emulsificante natural para substituir os sintéticos, além de tensoativos naturais, ambos sendo oriundos, normalmente, de coco, milho, palma, cana-de-açúcar, entre outros, todos compostos que também garantem a manutenção do pH característico em torno de 7 a fim de não interferir com processos enzimáticos por desnaturação, evitando ressecamento e danos à pele, como citado anteriormente. Além disso, deve-se utilizar produtos característicos veganos para todas as etapas, inclusive nas neutralizações básicas necessárias e ajuste de viscosidade, utilizando bases e emulsificantes naturais não animais, respectivamente, e menos ou não prejudiciais ao meio ambiente.
Para a aromatização natural vegana pode-se usar quaisquer óleos essenciais e misturas destes que atribuam odor característico ao produto como, por exemplo, óleos de lavanda, melaleuca, cânfora, desde que estes não sejam tão sensíveis à alterações nas condições reacionais produtivas a fim de evitar perda do aroma e facilitação do processo. É importante destacar que tais compostos ligam-se fortemente às emoções relativas ao olfato e são essenciais para o sucesso do produto.
As embalagens também devem englobar o veganismo!
Por último, o envase e a rotulagem devem também entrar no escopo vegano ao passo que devem fazer uso de recipientes apropriados, de origem vegana, não animal e sustentável, garantindo a manutenção da qualidade do produto e de suas características intrínsecas, de acordo com o estipulado. Deve conter, nos rótulos, informações das origens dos produtos e da formulação, ressaltando o caráter vegano do produto, instruindo sobre seu uso e destacando suas qualidades, a fim de enaltecer o caráter inovador de tal iniciativa e sua importância atual.
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