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Venha conhecer os tipos de parafina e suas aplicações

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Neste conteúdo abordaremos:

  • O que são parafinas?
  • Quais os tipos de parafinas?
  • Quais nichos industriais aplicam as parafinas e como o fazem?

A priori, a primeira imagem que nos vem à cabeça quando falamos sobre parafina são referentes àqueles dias chuvosos, quando, por problemas na rede elétrica, temos obrigação de tomar um banho gelado sob luz de velas. Ou então, podemos nos abraçar a uma ideia mais idealizada da situação, onde, então, com a companhia da pessoa amada, desfrutamos de um romântico jantar à luz de velas.

Tais visões, apesar de simplistas, ressaltam a aplicabilidade das parafinas em nosso cotidiano. No entanto, neste conteúdo, mostraremos outros tipos de parafinas e aplicações que, muitas vezes, passam despercebidas.

O que são parafinas?

Sob a ótica da química, parafinas podem ser definidas como alcanos, ou seja, hidrocarbonetos saturados – substâncias constituídas por átomos de carbono e hidrogênio unidos por ligações covalentes simples. Sua fórmula geral gira em torno de CnH2n+2 e suas cadeias são abertas e podem ser normais ou ramificadas. 

Estes compostos tem como uma das características apresentarem elevado peso molecular, advindo das longas cadeias carbônicas. Tais cadeias podem apresentar uma ampla faixa de massa molecular numérica média devido ao número de átomos de carbono ser muito variável, o que é um ponto crucial para a classificação das parafinas, dado que a temperatura de fusão é diretamente proporcional ao tamanho da cadeia molecular.

Vale destacar que seu aspecto mais comum é em forma de cera sólida de coloração ebúrnea (tendendo ao branco), insípida e inodora. Sua solubilidade é mínima quando em água e em ácidos, mas apresenta parâmetros mais elevados quando em dietil-éter, benzeno, éter e alguns ésteres. Conclui-se, portanto, que suas propriedades são mais inertes, isto é, não as parafinas não reagem com muitos reagentes químicos recorrentemente utilizados na indústria, no entanto apresentam uma facilidade para efetuar a combustão, propriedade amplamente explorada.

Quais são os tipos de parafina?

As parafinas, como citado anteriormente, são classificadas quanto ao seu ponto de fusão, dado que esta propriedade norteia várias de suas aplicações. Assim sendo, os tipos de parafinas, comercialmente, tem sua classificação devido às suas distintas faixas de fusão. No entanto, é possível agrupar os tipos de parafinas em outros três: parafina líquida (óleo parafínico), parafina sólida e parafina em gel.

Sobre a parafina líquida, conhecida como óleo mineral, destaca-se que sua obtenção ocorre a partir da fração mais leve da destilação do petróleo. Encontra-se comercialmente como “óleo de vaselina” e suas aplicações variam desde tratamentos gastrointestinais até a utilização enquanto lubrificante.

Ainda vale citar que tal parafina apresenta uma estrutura molecular em forma de corrente. Assim sendo, nota-se uma variação menor da viscosidade com o aumento da temperatura quando comparada à outros óleos, fator que propicia seu uso em motores automotivos.

Sobre a parafina sólida (em barra) e em gel (polímero termoplástico), suas diferenças estão, na facilidade de derretimento e tempo decorrido para a queima. Tais parâmetros são mais acentuados na parafina em gel, o que tornaria mais interessante sua aplicação na indústria veleira, no entanto, sua consistência pouco rígida causa dificuldades no processo de desenformá-las sem causar danos ao material.

Imagem com fundo azul escuro mostrando os tipos de parafina
Fonte: Alterado de Solven.

Aplicações da parafina

Apesar da indústria veleira ser um nicho de mercado cuja aplicação é ampla, nota-se que as parafinas apresentam variadas utilidades na indústria. Dentre elas,  pode-se citar seu emprego nos ramos alimentícios e farmacêuticos, além do uso em indústrias de embalagens, cosméticos e na formulação de tintas e vernizes, principalmente pelo seu fator impermeabilizante. Fator este, que possui aplicações, inclusive, no esporte: é comum na prática do surfe que se apliquem parafinas nas pranchas de modo a mitigar efeitos derrapantes e auxiliar na estabilidade daquele que pratica.

Observa-se que sua variedade, inclusive, nas formas em que são encontradas, as parafinas possuem destinações totalmente distintas. À exemplo disso, vale notar que parafinas com altos pontos de fusão têm aplicação como material isolante de eletricidade, ao mesmo tempo que as de baixo ponto de fusão são úteis para o revestimento de alimentos

Polidores, ceras domésticas e, obviamente, seu uso enquanto velas, são outras aplicações a serem salientadas. No entanto, elas não se restringem ao uso no dia-a-dia das pessoas. Trabalhos recentes citam a utilização desse tipo de composto em estudos experimentais em propelentes parafina – óxido nitroso, ou seja, evidenciando seu uso enquanto combustível de foguetes, além de outras aplicações, como no armazenamento de DNA. Assim sendo, é notória a diversificação possível para a produção desse tipo de material.

Por fim, é importante apontar que não só as indústrias cujo foco se dá no processamento de parafinas que apresentam relação com este composto. Em processos que trabalham com soluções oleosas sob ampla variação de temperatura, nota-se que a parafina pode solidificar-se em tubulações, sendo um possível contribuinte para a perda de carga e a consequente diminuição da vazão de fluidos. Deste modo, ressalta-se a necessidade de um estudo minucioso acerca das propriedades dos componentes utilizados em todas as etapas do processamento.

Imagem com fundo azul escuro e logo da Propeq exemplificando os ramos em que a parafina está incluída

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