Nesse conteúdo abordaremos:
- Embalagem ativa vs. Embalagem tradicional;
- Como evitar a liberação de CO2;
- Aditivos de coloração;
- Aditivos pró-degradantes.
A reciclagem do plástico pós-consumo visa obter-se um plástico com qualidades tais como o plástico pré-consumo, por isso utilizam-se aditivos na produção do PET. Dessa forma, têm sido estudado maneiras de conseguir embalagens e materiais de PET, que após a reciclagem apresentem características que inicialmente não teria, uma delas é o uso de aditivos. Portanto, adiciona-se aditivos, isto é, resinas, no processo de reciclagem de PET, a fim do material ter maior durabilidade, maior resistência, mais qualidade, resistência aos raios UV, entre outras melhorias.
Você sabe a diferença entre a embalagem ativa e a tradicional?
No mercado atual, uma das principais utilidades do PET é na fabricação de embalagens. Nesse setor, há uma ampla discussão sobre tipos de embalagens, já que é por meio delas que o consumidor compra o produto. Então, aspectos estéticos e de qualidade devem se destacar nelas, ou seja, embalagens são muito mais do que formas de condicionamento de produtos. Embalagens são estratégias de marketing, que com certeza podem fazer diferença no seu produto.
Como está abordando aditivos, será relevante discorrer sobre as embalagens ativas e as tradicionais. Primeiramente, deve-se tomar conhecimento que a embalagem ativa busca preservar a qualidade do produto e aumentar seu prazo de validade. Nesse sentido, essas embalagens aderem o uso de aditivos que podem proporcionar tais condições desejadas aos seus produtos, como ação antioxidante, antimicrobianos e até aromáticas. Em decorrência dessa interação descrita que a embalagem leva o nome de “ativa”. Enquanto as embalagens tradicionais, não apresentam nenhum composto em sua composição visando tais melhorias.
Além disso, pode-se concluir que essas embalagens preenchem a necessidade no mercado de alimentos principalmente, dado que esses produtos exigem certos cuidados, que agora é possível desenvolver embalagens para oferecê-los.
Assim, percebe-se que as embalagens tradicionais não são mais suficientes para atender a demanda do mercado atual, como qualidade e sustentabilidade.
Aditivos que evitam a liberação de CO2
Óleos essenciais (OEs)
A incorporação de óleos essenciais (OEs) a um polímero utilizado em embalagens prolonga a vida útil do alimento nas prateleiras, evitando a ação microbiana e oxidante. A utilização dos polímeros naturais trás uma preocupação com a sustentabilidade pois esses são biodegradáveis. Sendo assim, não são tóxicos.
M&G PoliProtect JB
O M&G PoliProtect JB é obtido pelo método TPA com barreira ativa – oxygen scavenger – e barreira passiva incorporadas nos pellets. A barreira passiva é protegida por uma tecnologia que incorpora essa mesma barreira no interior dos pellets, fornece proteção ao oxigênio e retenção de dióxido de carbono na embalagem, mas também confere mais brilho, alta resistência e tenacidade às embalagens.
Nylon – MXD6
O Nylon é uma resina cristalina, produzida através da reação de condensação da meta-Xylylenediamine (MXDA) com o ácido adípico. Apresenta propriedades distintas como: boa resistência à tração e à flexão, temperatura de transição vítrea elevada, menor absorção de água, maior janela de processamento.
Além disso, tem elevadas propriedades de barreira (passiva) ao O2 e ao CO2. Devido à sua elevada estabilidade térmica e ao fácil processamento, pode ser facilmente aplicado em co-injecção em conjunto com outros polímeros como por exemplo, o PET.
EVOH – Etileno Vinil Álcool
O EVOH é um copolímero semicristalino que apresenta alta estabilidade térmica, grande resistência química e excelente flexibilidade. Oferece uma boa barreira ao CO2, prolongando a qualidade e consequentemente a vida útil de bebidas gaseificadas. A adição deste aditivo ao PET não impede a sua reciclagem, porém é muito sensível à umidade.
A100 (Valspar) – valOR Activ100
A A100 (Valspar) é uma resina com oxygen scavenger, utilizada em estruturas que apresentam monocamadas ou multicamadas e necessitam de proteção ao oxigênio, com barreira de aroma, sabor e preservação. Como principais características desta resina, temos que ela é uma barreira ativa e é resistente à delaminação, aumentando o tempo de vida útil do PET. Vantagens que ele confere à embalagem é melhorar a flexibilidade, facilitando o design.
Aditivos de coloração
Com o envelhecimento e reciclagem do plástico, é natural que as moléculas das cadeias se rompam. Ou, até mesmo, que os efeitos da radiação ultravioleta cause um efeito visual amarelado ao plástico pois ele atua causando a degradação da estrutura e alterando a sua cor, e outros fatores como sua resistência.
Para melhorar o aspecto do PET reciclado, pode se adicionar corantes, mas deve-se atentar qual a composição desses corantes, pois há aspectos toxicológicos que devem ser considerados caso o destino final do PET seja alimentício. O uso dos corantes é interessante para a indústria pelo aspecto visual no produto final, que ajuda em suas vendas para o consumidor, além de o assemelhar ao PET virgem, por exemplo, se a empresa busca cores mais vibrantes em seu produto como o verde, vermelho e violeta. Corantes orgânicos contendo grupos cromóforos são os mais comuns, porém se é buscado um plástico cristalino pode se usar uma molécula onde tenham mais centros de dispersão de luz, garantindo uma maior transparência.
Aditivos pró-degradantes
Os plásticos que recebem esse aditivo, chamam-se plásticos oxibiodegradáveis. Tal aditivo, promove a aceleração da fragmentação do plástico, uma condição prévia essencial para a degradação. Nesse sentido, o aditivo permite uma decomposição acelerada do material quando em contato com luz solar e água de chuva. Portanto, a degradação ocorre em duas etapas: a oxidativa e a biodegradante. A primeira etapa é mais física, na qual a estrutura será quebrada e a outra é feita por microorganismos, ou seja, ainda precisa-se da ação de agentes decompositores na degradação, por isso o material não é biodegradável.
Além disso, é relevante abordar que a composição desses aditivos geralmente é sais de metais como: cobalto, ferro, manganês e níquel. Exemplos desses plásticos presentes no dia a dia são sacolas de supermercado, geralmente com indicação de sacolas biodegradáveis.
Polêmicas quanto plásticos oxibiodegradáveis
Esse produto não é visto como a melhor opção para o meio ambiente por muitos estudiosos e até mesmo pelo Conselho de Bioplásticos da Sociedade Industrial de Plásticos. Isso pois o plástico será fragmentado, de forma a ser impossível vê-lo a olho nu. Assim, quando descarta o de maneira incorreta, ainda causará efeitos negativos ao meio ambiente, visto que ele permanece na natureza. Portanto, o que diversas instituições reforçam é que o plástico com aditivos pró degradantes não deve servir como desvio da atenção da reciclagem, pois como indicado, a reciclagem ainda será essencial.
Nesse sentido, podemos resumir o ciclo da reciclagem do plástico com ou sem aditivos pró-degradantes da seguinte forma:
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