Você sabe o que são inibidores de corrosão e como eles funcionam? Quais os seus benefícios? Confira estas informações e muito mais neste conteúdo!
Neste conteúdo abordaremos:
- O que são os inibidores de corrosão;
- Quais os tipos de inibidores existentes;
- Exemplos de compostos inibidores de corrosão.
O que são os inibidores de corrosão?
Inibidores são substâncias que evitam a corrosão na superfície de materiais, geralmente utilizados para prevenir a corrosão em metais. Na indústria, muitas vezes adicionam-se esses compostos químicos aos fluidos presentes no meio, que agem formando uma película passivadora capaz de proteger a superfície do processo corrosivo.
Dessa forma, tem-se uma película constituída da deposição de precipitados insolúveis, que se formam a partir da reação entre íons metálicos e substâncias alcalinas, tais como hidróxidos, carbonatos, silicatos, a depender dos compostos que compõem os inibidores.
Assim, são muitos os benefícios da utilização dessas substâncias para o retardo da corrosão, como o aumento da área de passivação do metal e o consequente aumento da vida útil de equipamentos industriais, redução de perdas de produto por contaminação ocasionada pela corrosão e diminuição da frequência de paradas não programadas em fábricas.
Quais os tipos de inibidores existentes no mercado?
Como já mencionado anteriormente, os inibidores são capazes de formar películas protetoras através de reações entre íons de metais e compostos alcalinos. No entanto, do que são constituídos os próprios inibidores?
A resposta é que eles podem ter composições completamente diversas dependendo do seu tipo. Dentre as classes de inibidores existem aqueles chamados de anódicos, catódicos e de adsorção.
Logo, os inibidores anódicos são aqueles cuja composição é de substâncias como hidróxidos e carbonatos, que reagirão com os íons metálicos formados no ânodo durante o processo corrosivo, por oxidação dos elementos na forma metálica. Dessa forma, eles atuam retardando reações anódicas, diminuindo a corrente de corrosão, que é diretamente relacionada à velocidade em que ocorre a corrosão.
Já diferentemente dos anódicos, os inibidores catódicos constituem-se de íons de metais que reagem com a alcalinidade presente no meio corrosivo, inibindo processos catódicos. Sabe-se que esses inibidores diminuem também a corrente de corrosão.
Por fim, no caso dos inibidores de adsorção tem-se substâncias orgânicas com grupos polares fortes, como aminas e aldeídos, além de sabões de metais pesados, no geral. Para esse tipo de inibidor, as películas são formadas por adsorção e tanto reações anódicas como catódicas são evitadas.
Cabe ressaltar, no entanto, que os inibidores anódicos necessitam de uma atenção extra em seu uso, visto que possuem uma concentração mínima necessária para que a prevenção da corrosão seja efetiva, garantindo que a película de proteção se forme em toda a extensão da superfície sujeita à corrosão. Caso contrário, o processo corrosivo pode ser agravado nas regiões não protegidas pelo inibidor. Já os demais tipos de inibidores não possuem essa concentração crítica.
Exemplos de compostos inibidores de corrosão
Ademais, entre a classe de inibidores existentes, podemos citar os principais elementos químicos que os constituem e que são largamente utilizados na indústria:
Fosfatos
Encontrados como uma alternativa frente a proibição do uso do cromato, em razão dos riscos à saúde humana e poluição causada pelo seu descarte inadequado. Os fosfatos tornaram-se os mais utilizados em diversos setores, como no tratamento de água e sistemas de geração de vapor. Apresentando-se de diferentes formas como o ortofosfato, utilizado como inibidor de corrosão anódico junto ao zinco. Similarmente, aos polifosfatos, aplicados como inibidores catódicos juntamente ao ortofosfato em sistemas de resfriamento de água. E ainda, na composição dos fosfatos alcalinos, que na presença de oxigênio, apresentam características de inibição adsortiva.
Zinco
A princípio, pode ter a sua implementação como forte inibidor catódico, presente em sistemas agressivos com características como baixa dureza e baixa alcalinidade. Ademais, este metal pode apresentar uma amplificação de suas propriedades em ação conjunta com outros compostos como fosfatos inorgânicos ou de natureza orgânica.
Entretanto, é necessária supervisão do seu uso em razão da alta toxicidade que pode apresentar em ambientes aquáticos, sendo assim, alvo de diversos regulamentos que especificam o seu descarte adequado.
Inibidores orgânicos
A princípio, composto por diversos representantes como dispersantes poliméricos, anidridos polimaleicos, inibidores de cobre e fosfatos orgânicos. Estes atuam de maneira importante em sistemas sem controle de pH, em que pode haver incrustação por agentes calcificantes. Ademais, faz-se presente no controle interno da corrosão de gasodutos, com o uso de derivados de aminas e amidas de ácidos orgânicos. Bem como, em linhas de condensados, em que adiciona-se diretamente nas caldeiras o composto, ocorrendo a sua volatilização, que resulta na proteção de todo o sistema da ação corrosiva do dióxido de carbono, CO2.
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