Neste conteúdo abordaremos:
- O que é corrosão?
- Tipos de corrosão
- Corrosão e sustentabilidade
Palavras-chave: Corrosão, sustentabilidade, metais
O que é corrosão?
“Corrosão” é um termo usado no dia a dia que se refere ao processo de oxirredução, isto é, à transferência de elétrons entre os materiais. A presença de oxigênio e umidade, principalmente, é responsável por causar essa reação, que gera a deterioração do material. Essa deterioração pode afetar tanto a aparência, quanto o funcionamento do material. Um exemplo conhecido de corrosão é o enferrujamento do ferro, em que o metal fica com aparência avermelhada.
A corrosão ocorre, principalmente, em metais, mas também está relacionada a polímeros e cerâmicas, como concreto.
A degradação dos materiais causada pela corrosão gera altos custos e investimentos associados à aplicação de insumos químicos para evitar esse processo. Assim, é essencial estudar uma forma de remediá-la a partir de maneira sustentável. Entretanto, antes de tudo, é preciso saber os tipos de corrosão e como elas agem.
Tipos de corrosão
De maneira superficial, podemos classificar a corrosão em três tipos: eletrolítica, química e eletroquímica.
A corrosão eletrolítica só ocorre quando há fornecimento de energia. Assim, correntes elétricas de fuga afetam equipamentos que não estão corretamente aterrados ou isolados, causando a deterioração do material. Geralmente, esse processo causa furos no material.
Já os agentes químicos são responsáveis por causar a corrosão química. Nesse caso em particular, não é necessária a presença da água e não ocorrem transferências de elétrons. Assim, o produto é responsável por causar a degradação do material.
Por fim, há a corrosão eletroquímica, a mais comum. Ela acontece quando o metal entra em contato com uma solução capaz de conduzir elétrons, o que forma uma pilha de corrosão, ou quando dois metais estão ligados por essa solução, formando uma pilha galvânica.
Independentemente do tipo de corrosão, é possível buscar maneiras de remediá-las a partir de uma abordagem sustentável.
Corrosão e sustentabilidade
A importância da sustentabilidade na prevenção à corrosão está associada a fatores ambientais e econômicos. Tratar a corrosão de maneira sustentável permite a redução de resíduos e poluição, a preservação de recursos naturais, entre outros motivos. Esse tratamento pode ser feito por:
Revestimentos biodegradáveis
Os revestimentos biodegradáveis surgem como novas alternativas para reduzir a corrosão de maneira a reduzir o impacto ambiental.
Dentre eles, é possível citar os revestimentos à base de água, que emitem menos compostos orgânicos voláteis (COVs). Os COVs são poluentes perigosos, sendo que alguns, como o formaldeído, podem causar severos problemas de saúde quando inalados. Portanto, ao serem produzidos à base de água, eles tornam-se livres de solventes tóxicos e são considerados amigáveis ao meio ambiente e à população.
Além disso, outro exemplo são os revestimentos à base de biopolímeros, que usam matérias-primas renováveis, como amido de milho e celulose. Assim, o impacto ambiental para produzi-los é menor.
Por fim, as pesquisas mostram que os revestimentos em pó são mais sustentáveis, pois não requerem o uso de solventes para sua aplicação e geram menos resíduos. Recicla-se e reutiliza-se os resíduos produzidos, contribuindo assim para a redução do desperdício.
Inibidores de corrosão atóxicos
Os protetores de corrosão atóxicos são menos agressivos, por não serem à base de solventes e óleos minerais, o que reduz os danos à saúde dos operadores e dos usuários.
Nesse contexto, usa-se fosfato de zinco ou aminoácidos, que atuam como inibidores de corrosão e são considerados atóxicos.
Proteção passiva
As tecnologias de proteção passiva possibilitam a prevenção da corrosão sem a necessidade de aplicações frequentes de produtos químicos. Com isso, reduz-se a quantidade de resíduos e impactos ao meio ambiente ao obter a matéria-prima de compostos químicos. Dentre elas, estão a proteção catódica e anódica e ligas resistentes à corrosão.
A proteção catódica é um método de proteger o material de sofrer corrosão eletrolítica. Nesse caso, a superfície que deve ser protegida é transformada em cátodo ao ser conectada com outro material que agirá como ânodo. Esse outro material é chamado de metal de sacrifício, e ele sofre oxidação no lugar do metal que deve ser protegido.
Já a proteção anódica envolve a aplicação de uma corrente elétrica no metal, resultando na formação de uma película de óxidos protetores na superfície. Esse processo desacelera a corrosão, pois protege o metal dos compostos presentes no ambiente que normalmente causariam sua deterioração.
A fabricação de ligas resistentes à corrosão envolve a mistura de metais, reduzindo assim a susceptibilidade à corrosão do material. Um exemplo é o aço inoxidável, que é uma liga contendo ferro, carbono, cromo e níquel.
Independente da escolha dentre revestimentos biodegradáveis, inibidores de corrosão atóxicos ou proteção passiva, é sempre importante ponderar maneiras de evitar a corrosão de maneira sustentável e eficiente.
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