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Confira as diferenças entre etanol de milho e etanol de cana

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Nesse conteúdo abordaremos:

  • A diferença entre o etanol de milho e o etanol de cana de açúcar
  • Como funciona a produção do etanol de milho
  • Principais diferenças entre as duas produções
  • Como a Propeq pode te ajudar?

Você já ouviu falar da produção de etanol a partir de milho? Normalmente estamos acostumados a discutir a produção a partir da cana de açúcar, no entanto, é, sim, possível produzi-lo a partir do milho. É exatamente isso que vamos discutir neste conteúdo.

O mercado de etanol no Brasil, independente da fonte, está em constante crescimento. Segundo dados e projeções da Markestrat, baseada em dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), espera-se um crescimento de cerca de 41% na demanda por etanol no Brasil e cerca de 44% em sua produção. 

Aliado a esses fatos, nos últimos anos vêm se observando muitas mudanças e inovações no que diz respeito ao milho, tornando mais viável economicamente a produção de etanol a partir dele. Dessa maneira, atualmente, os custos totais relacionados à produção de etanol pelo milho conseguem se aproximar e até serem mais baixos do que a produção a partir da cana-de-açúcar. 

Fica claro, então, que as usinas que utilizam milho como matéria prima são viáveis, como mostra o crescente aumento do número de usinas do tipo no Brasil. Entretanto, há várias vantagens e desvantagens se comparando ambas as produções e entendê-las é essencial!

Mas, antes de tudo, você já se perguntou qual a diferença entre o etanol de milho e o etanol de cana-de-açúcar? Vamos lá.

Qual a diferença entre o etanol de milho e o etanol de cana-de-açúcar?

De modo geral, o processo produtivo do etanol proveniente do milho traz algumas diferenças quanto ao etanol proveniente da cana-de-açúcar, isto porque a molécula predominantemente presente no milho é o amido, um polissacarídeo de cadeia longa. Diferentemente, a cana-de-açúcar é constituída, em sua maioria, por dissacarídeos do tipo sacarose. Deste modo, o etanol na cana de açúcar é produzido como subproduto da fermentação, enquanto o do milho precisa ser hidrolisado previamente.  Diferentemente do processo produtivo, o produto final – o etanol – não apresenta nenhuma diferença em nenhum dos dois processos, isto porque independe da fonte, visto que as propriedades físico-químicas do etanol se mantêm as mesmas.

Como é produzido o etanol de milho?

A produção de etanol de milho é extremamente comum nos Estados Unidos, sendo o líder mundial no produto. Já no Brasil, tal produção fica atrás daquela a partir da cana-de-açúcar, apesar de se mostrar em constante crescimento no país.

Ela se dá de maneira muito semelhante à produção pela cana de açúcar, a grande diferença se encontra na própria estrutura e composição da matéria prima. O grão de milho, diferentemente da cana, não apresenta quantidades significativas de sacarose, mas sim de amido. É a partir do amido ocorre a produção do etanol, de forma que algumas mudanças no processo de produção são necessárias!

Antes de tudo é importante transformar o amido em glicose para que ocorra a fermentação a etanol. Para tal, realiza-se uma hidrólise enzimática. O material que sofrerá a hidrólise varia de acordo com o método de tratamento inicial do grão, que pode ser tanto a partir de uma moagem seca ou úmida. 

A seguir não entraremos no detalhe de cada um dos métodos. Para entender mais profundamente, fique de olho nos próximos conteúdos!

Hidrólise enzimática

Semelhante à hidrólise enzimática realizada na produção do Etanol 2G, o milho, já tratado sofre a ação de enzimas. Nesse processo, transforma-se a cadeia de amido, um polissacarídeo, em glicose, um monossacarídeo. São utilizadas enzimas como a α-amilase, β-amilase e glucoamilase, podendo chegar a conversões próximas de 100% segundo a Embrapa.

Após a hidrólise, o processo que segue é muito semelhante ao processo de produção do etanol a partir da cana de açúcar (confira o conteúdo!), mais especificamente nas etapas de fermentação e destilação.

Principais diferenças entre as produções

Conforme citado, a maior diferença entre as produções acontece devido a diferença da molécula de carboidrato predominante da matéria-prima selecionada. Esta diferença proporciona aumento no número de etapas no processo produtivo do etanol de milho resultando no acréscimo de custo final da produção. De modo geral, a análise das diferenças são em vantagens e desvantagens de acordo com as necessidades da produção e outras particularidades. 

O custo mais elevado na produção de etanol de milho em razão do processo, por exemplo, podem ser diluídos, em razão da produção entressafras da cana. Além disto, outras diferenças entre as produções de etanol usando o milho como matéria prima em razão do etanol, podem ser vistas da figura abaixo:

Imagem com fundo azul explicando as diferenças entre o etanol de milho e o etanol de cana

Uma das maiores vantagens no uso de etanol com uso de milho é o fato que este produz pouco subproduto. Os produtos gerados no seu processamento, em geral, apresentam valor comercial que o torna vantajoso, um dos fatores ao crescimento dos investimentos para este tipo de produção. 

Imagem com fundo azul mostrando quais os tipos de produtos do milho

Como vê-se na figura acima, o milho produz diferentes produtos utilizados comercialmente. Além do etanol com elevado rendimento, há produção de óleo vegetal. Dentre as suas utilizações, a principal é como matéria prima na produção de biodiesel. Ademais, há produção de ração protéica animal, com até 38% de proteína.

Embora as vantagens sejam enormes, o ideal é a análise do processo de produção de modo completo, assim como o entendimento de outras variáveis. Conte com a Propeq para te ajudar na sua produção.

Como a Propeq pode te ajudar?

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