Neste conteúdo abordaremos:
- cenário geral
- etapas da extração de sílica a partir da casca de arroz
- aplicações
Extração da sílica da casca de arroz
O mineral dióxido de silício, conhecido popularmente como sílica, é um dos compostos mais abundantes do planeta. Presente tanto no quartzo quanto em rochas, existe em diversas formas, o que possibilita sua ampla aplicabilidade. Devido às diferentes propriedades que essas formas apresentam é possível observar a presença relevante do mineral em amplos campos de ciência e tecnologia; o que acaba gerando um papel enfático no mercado. Surgiram, nesse contexto, estudos que trouxeram a extração de sílica a partir da casca de arroz como uma possibilidade pra o mercado.
Cenário geral
O interesse pela sílica presente na casca de arroz é, principalmente, consequência do potencial associado ao material. Nesse contexto, o produto ainda é uma inovação no que diz respeito às principais origens do mineral, no entanto mostra-se bastante promissora devido ao papel do Brasil no mercado internacional de arroz. Dentre os 10 maiores produtores de arroz do mundo, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), nosso país ocupa o nono lugar do ranking, cenário promissor para o desenvolvimento da técnica.
Partindo para o processo de extração em si, existem duas principais rotas utilizadas pela indústria química; no entanto tem-se como base a lavagem com solução ácida seguida da secagem da casca.
Etapas da extração
- Lixiviação ácida (lavagem): Utiliza-se a lixiviação para a extração de metais ou minerais de um material sólido, com esse processo o produto de interesse apresenta nível de pureza elevado ao final de toda a rota.
- Secagem: A secagem é uma etapa que essencialmente é responsável pela eliminação de água residual do produto. Geralmente, feita em estufa a uma temperatura adequada.
- Queima: Feita em estufa ou forno, é a última etapa do processo e é onde obtém-se o mais alto nível de pureza do produto
Aplicações da sílica
Como citado anteriormente, a importância industrial da sílica deve-se à ampla possibilidade de aplicação do material. Novas tecnologias surgem nas indústrias de cosméticos, construção civil, química, polímeros e alimentícia, por exemplo, que implementam a utilização do dióxido de silício.
- Indústria de cosméticos: A sílica extraída da casca de arroz é empregada em produtos cosméticos, como pós faciais, maquiagens compactas e produtos para cuidados com a pele, devido à sua capacidade de absorver óleos e umidade, proporcionando uma textura suave e matificante.
- Indústria alimentícia: Em certos casos, a sílica da casca de arroz é utilizada como um aditivo alimentar, atuando como agente de absorção e antiaglomerante em produtos como sal de mesa, condimentos em pó e suplementos alimentares.
- Indústria de Construção civil: A sílica da casca de arroz é utilizada como um aditivo em materiais de construção, como concretos e argamassas. Ela melhora a resistência à compressão, a durabilidade e a trabalhabilidade desses materiais, além de contribuir para a redução da fissuração.
A sílica proveniente da casca de arroz emerge como uma alternativa, a qual une tecnologia e sustentabilidade. Nesse sentido, demonstra potencial para impulsionar a inovação e o desenvolvimento de produtos mais sustentáveis, alinhados às demandas crescentes por soluções ecologicamente responsáveis. Fica, então, evidente que a nova fonte não apenas atende às necessidades presentes da indústria; mas também abre caminho para um futuro mais sustentável e consciente.
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Neste conteúdo, abordou-se sobre uma possível nova fonte de sílica, a casca de arroz, assim como as vantagens e interesses deste processo. Você ficou interessado, viu uma possibilidade, gostaria de conhecer melhor o processo; mas não sabe por onde começar? A Propeq, consultoria júnior em Engenharia Química da Unicamp, está aqui para te ajudar! Clique abaixo e entre em contato com um de nossos consultores!
