Neste conteúdo abordaremos:
- O que são os fertilizantes orgânicos?
- Vantagens, desvantagens e como produzi-los
- Tipos de fertilizantes orgânicos
O que são os fertilizantes orgânicos?
Os fertilizantes são insumos agrícolas que têm por objetivo oferecer e completar os nutrientes do solo necessários para um cultivo saudável. Isso porque o solo fica empobrecido ao trocar nutrientes com as plantas e, assim, para que a colheita seja boa, é preciso a reposição de tais nutrientes. Assim, a alimentação contínua e completa das plantas é possível.
Partindo desse conceito, os fertilizantes orgânicos são aqueles que se originam de matéria orgânica e natural, como folhas, esterco de animais e restos de alimentos. Ainda, eles classificam-se de acordo com sua origem e forma de produção, conforme veremos adiante.
As principais diferenças do fertilizante orgânico com relação ao químico é que se elabora o segundo em laboratório e, por conta disso, há uma maior precisão. Isto deve-se ao fato de sua composição ser controlada e calculada especificamente com um resultado em foco. Além disso, o orgânico apresenta um efeito mais lento, uma vez que não possui componentes aceleradores, porém é menos agressivo ao solo e causa um impacto positivo na plantação a longo prazo.
É interessante destacar que, segundo dados do Anuário Brasileiro de Tecnologia em Nutrição Vegetal, o mercado de fertilizantes orgânicos obteve um faturamento de aproximadamente R$ 22,2 bilhões, apresentando um crescimento de 33,2%.
Alguns fatores que podem ter influenciado esse resultado é o investimento dos agricultores em novas tecnologias. Além disso, o reconhecimento por parte dos produtores da influência que a escolha do fertilizantes possui na qualidade dos grãos também teve um impacto positivo na busca por produtos orgânicos.
Vantagens e desvantagens
Assim, como já dito anteriormente, os fertilizantes orgânicos possuem grande relevância no mercado atual. Assim, cabe destacar suas vantagens e desvantagens:
VANTAGENS
- Maior capacidade de retenção de água no solo, o que além de regular melhor a temperatura, ainda regula a temperatura;
- Diminui a lixiviação (processo no qual a água passa e leva os nutrientes do solo, deixando-o mal nutrido);
- Aumento das bactérias inerentes à boa sobrevivência das plantas/cultura;
- Aumento gradativo da matéria orgânica no solo, que com a consequente decomposição dela, fornece, com o tempo, os nutrientes necessários para as plantas.
DESVANTAGENS
- Se mal controladas, as inserções dos fertilizantes orgânicos podem causar o aumento excessivo ou mesmo introduzir microrganismos nocivos ao ambiente, como a Verticilium;
- Comparado aos fertilizantes convencionais, o custo do transporte e aplicação pode ser maior;
- A relação de nutrientes não é regular e pode não atender à finalidade e necessidade da planta.
Em suma, a utilização dos fertilizantes orgânicos traz inúmeros benefícios, tanto para o solo, quanto para as plantas, que não são pautados apenas na sustentabilidade, mas também no enriquecimento da terra e melhoria do ciclo dos nutrientes. Entretanto, é necessário estudar as espécies das plantas e o tipo do solo, para assim, saber as necessidades nutritivas, além de evitar proliferações indesejadas de microrganismos.
Como produzir?
Produz-se os fertilizantes orgânicos a partir da compostagem da matéria viva. Ou seja, é um processo natural que envolve a fermentação dessa matéria por microrganismos, sua decomposição e maturação.
Para que esse processo aconteça, primeiramente deve ocorrer a mistura da matéria orgânica em um recipiente específico (uma bombona plástica ou tambor, por exemplo). Em seguida, deve-se adicionar água e é necessária agitação pelo menos 3 vezes ao dia, com auxílio de compressor de ar.
Tipos de fertilizantes orgânicos
Em resumo, há cinco tipos de fertilizantes orgânicos usualmente utilizados atualmente. Sendo eles:
Fertilizantes de menor complexidade
1. Fertilizantes orgânicos de minhocas (húmus)
Derivado da digestão de matéria orgânica do solo por parte das minhocas, este processo fornece a inserção de nutrientes no solo, de forma que também mantém este ciclo em bom funcionamento. Além disso, as minhocas, ao se movimentarem, formam caminhos na terra e assim favorecem a retenção de água e, portanto, atuam contra a lixiviação.
2. Fertilizantes orgânicos simples
Composto de matérias derivadas de animais ou vegetais, como o esterco (fertilizante animal) ou de folhas e alimentos (fertilizante vegetal), ele também pode ser o responsável pelo aumento nutritivo do solo. Isso se dá pelo fato desses tipos de biomassa poderem ser extremamente substanciosos.
3. Fertilizantes orgânicos mistos
Assim como os fertilizantes orgânicos simples, eles também são provenientes de animais e vegetais. Entretanto, diferentemente dos já citados, eles são resultado do complemento entre dois ou mais destes fertilizantes. Assim, devido a essa diversificação de adubos, é possível adaptar-se melhor às necessidades das plantas e do solo, já que se fornece uma gama maior de nutrientes.
Fertilizantes de maiores complexidades
4. Fertilizantes orgânicos do lixo ou do lodo de esgoto
Como resultado correto do tratamento do lixo orgânico ou do esgoto, tanto o lixo orgânico quanto o lodo do esgoto direcionam-se para a adubagem. No caso do lixo orgânico, após ser separado do lixo convencional e ser posto em uma composteira, ele já pode se tornar uma ótima fonte de nutrientes para o solo. Já o lodo do esgoto, depois da passagem por um processo mais complexo – higienização, redução e compostagem – também pode ser utilizado como adubo.
5. Fertilizantes organominerais
Partindo da mesma ideia dos fertilizantes mistos, os fertilizantes organominerais são o resultado da mescla entre os fertilizantes minerais e dos orgânicos. Dessa forma, ele não pode ser considerado totalmente sustentável. Porém, dependendo do caso e da necessidade do solo e das plantas, ele pode ter um grande potencial uso.
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