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Você sabe como um engenheiro químico pode atuar na indústria farmacêutica? E na produção de vacinas?

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Neste conteúdo abordaremos:

  • Importância das vacinas;
  • Produção de vacinas;
  • Atuação do engenheiro químico;
  • Conhecimento aplicado ao combate à pandemia.

Qual a importância das vacinas?

Para falarmos sobre o processo produtivo das vacinas e a atuação do engenheiro químico, primeiramente deve-se explicar sobre a importância delas. Os agentes patogênicos são organismos responsáveis por causar doenças, ou seja, são bactérias, fungos, parasitas ou vírus que fazem mal ao corpo humano. Eles são divididos em diversas pequenas partes, que carregam consigo as origens da doença que podem causar.

Em vista disso, para combater esses patógenos é necessário um antígeno, que induz a produção de anticorpos. Com os anticorpos produzidos, o sistema imunitário consegue fazer seu trabalho e combater a doença. Se é uma doença nova, a produção de anticorpos demora mais; se é uma doença que você já teve, os anticorpos respondem mais rápido. Mas como as vacinas se encaixam nisso? Agora explicado como ficamos doentes, podemos tomar providências que remediam o tempo de espera para a produção de anticorpos – e é nisso que as vacinas entram.

As vacinas são ferramentas da medicina para prevenção de doenças virais. De acordo com a World Health Organization, elas contêm partes enfraquecidas ou inativadas de um agente patogênico, o que impulsiona a produção de anticorpos. É importante lembrar que isso não faz com que você fique doente, apenas permite que seu corpo reaja mais rápido quando – e se – você acabar se infectando.

Além disso, pode-se ressaltar a importância social das vacinas, uma vez que quanto maior a quantidade de pessoas imunizadas, menos a doença se propaga, isto é,  maior a possibilidade de erradicação da doença.

Processo Produtivo das Vacinas

O processo produtivo das vacinas é dividido em três etapas: a produção de concentrado viral, a formulação da vacina e o processamento final.

Imagem em azul com desenhos em branco exemplificando o texto escrito abaixo sobre a produção de vacinas.

Produção do concentrado viral

Nessa primeira etapa, há um estudo da melhor forma de introduzir o antígeno – que é o protagonista desse concentrado viral. Geralmente isso ocorre a partir do vírus atenuado, isto é, enfraquecido, ou inativo. Entretanto, há muitos estudos de técnicas diferentes e mais eficazes para tal introdução.

É importantíssimo que antes da produção em larga escala das vacinas desenvolvidas se realize uma série de exames e avaliações, a fim de averiguar a segurança e a prevenção da doença em pauta. Nesse sentido, essa fase-clínica deve ser subdividida em fases de grupos de testes em humanos, de forma a ser cada vez mais ampla e obter resultados mais concretos.

Formulação da vacina

Nessa etapa, visa-se encontrar a formulação ideal, por meio da determinação dos compostos essenciais para a vacina que deverão ser adicionados ao concentrados. Entre esses compostos estão os conservantes, estabilizadores, surfactantes e adjuvantes. Cada um apresenta uma função específica na formulação. 

De forma breve, o conservante impede a contaminação do produto após aberto, enquanto o estabilizador impede a ocorrência de reações químicas, já o surfactante mantém os ingredientes misturados. E, por fim, o adjuvante estimula as células do sistema imunológico na aplicação.

Processamento final da vacina

Durante essa etapa, há o envase das vacinas, que é a transferência da vacina a granel dos tanques de aço para os frascos de vidros. Além disso, pode ocorrer a liofilização, na qual a vacina líquida converte-se numa espécie de pastilha através de um liofilizador e por fim são fechadas com uma rolha de borracha. Vale observar que as vacinas que passam por esse processo precisam de água para a aplicação.  

Por fim, há a rotulagem e embalagem, que é muito importante para a distribuição do produto, visto que no primeiro há devida identificação da vacina e informações importantes, como data da produção, validade, número de lote e o segundo assegura a segurança. Outra informação relevante para o tema é que toda vacina no Brasil precisa de autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a sua comercialização no país.

Mas o que isso tem a ver com Engenharia Química?

O engenheiro químico pode atuar na indústria farmacêutica, principalmente quando falamos do processo produtivo de vacinas. Suas principais áreas são:

  • Controlar a produção e garantir a qualidade;
  • Planejar o espaço físico, projetando e organizando ambientes industriais com o intuito de garantir a segurança e a qualidade;
  • Analisar a dinâmica de fluídos para fornecer informações às organizações de saúde;
  • Desenvolver vacinas, medicamentos e álcool em gel, voltado para o estudo e criação de técnicas de extração e obtenção de matéria-prima, visando à sustentabilidade e menor impacto ambiental;
  • Ajudar na produção de impressão 3D para equipamentos hospitalares.

Dessa forma, o engenheiro químico pode ter um papel ativo e fundamental na indústria farmacêutica, principalmente quando falamos de vacinas, tendo em vista que é possível trabalhar nas melhorias de condições operacionais, além da análise de melhores rotas produtivas para o processo funcionar da maneira mais viável técnica e economicamente falando. Sendo assim, nós da Propeq podemos operar diretamente no contexto atual no qual estamos inseridos.

Pandemia da Sars-Cov-2 e corrida pela vacina

Durante os anos de 2020 e 2021, foi notado a importância do desenvolvimento de vacinas. Desde a manifestação do Coronavírus e sua disseminação, resultando numa pandemia global, o mundo científico concentrou seus esforços em combatê-lo.  Portanto, o conhecimento do vírus era essencial para freá-lo, porém a dificuldade em encontrar um tratamento eficaz aliado ao caos decorrente do contágio acelerado e o alto número de mortes desencadeou uma pesquisa focada no desenvolvimento da vacina contra COVID-19.

Nesse sentido, a Engenharia Química ajuda em diversos setores como ilustrados abaixo. Seus destaques são: produção de máscaras, álcool em gel, impressão 3D e, principalmente, ajudar a desenvolver vacinas eficazes.

Imagem com fundo azul e escrita em branco, explicando sobre a atuação dos engenheiros químicas na pandemia de COVID-19, sendo ela: microfluidos, desenvolvimento de vacinas e medicamentos, fluidodinâmica computacional, impressão 3D e inteligência artificial.
Fonte: Adaptado de Blog Unicamp.

Como a Propeq pode te ajudar?

Ficou interessado pelo tema e gostaria de iniciar a produção desses produtos? Ou você já faz a produção deles e gostaria de otimizar seu processo ou melhorar sua rota produtiva? A Propeq está aqui para te ajudar! Contate-nos clicando no botão abaixo.

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