Neste conteúdo abordaremos:
Você sabe o que são as hóstias e como é a produção delas? Confira estas informações e muito mais neste artigo!
- Introdução
- O que é a hóstia?
- Produção das hóstias
Introdução
O Brasil é o país com o maior número de católicos do mundo, com aproximadamente 180 milhões fiéis, e esse número reflete na grande demanda de hóstias, dado as mais de 12 mil paróquias para prover ao todo. Sendo assim, as fábricas, desde mosteiros, paróquias e empresas particulares chegam a fabricar de 300 mil a 2 milhões de hóstias por dia
A demanda pela produção aumenta no período da Quaresma (que começa na quarta-feira de cinzas) até o fim da Semana Santa, no qual a presença dos fiéis nas missas cresce, uma vez que essas datas litúrgicas exigem dos mesmos um recolhimento maior e um espírito mais orante. Além disso, em vários lugares, o aumento pela demanda também se dá pelas festas do padroeiro local, como é o exemplo do dia 12 de outubro para o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, que recebe mais de 100 mil devotos nesse feriado.
O que é a hóstia?
A palavra hóstia vem do latim “hostiam” que significa “vítima”, sendo chamada assim, pois no catolicismo trata-se do Cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo pelo seu sacrifício na Cruz, a partir do momento da consagração.
“Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim” (São Lucas, 22:19). Essa frase dita por Jesus na Santa Ceia introduziu o sacramento da comunhão (eucaristia) no cristianismo, que se estende até hoje. A eucaristia se trata de um dos sete sacramentos da Igreja Católica, que pode ser recebido em toda missa pelo fiel em “estado de graça”. Dessa forma, o padre reúne no altar todas as partículas -os pequenos discos (de 3 a 4 cm de diâmetro) formados por uma mistura de farinha de trigo e água, bem como a hóstia magna (entre 7 a 8 cm de diâmetro)- as consagra e as distribui para os fiéis.
Apesar de tratadas popularmente sempre como “hóstias”, seja antes ou depois da consagração, a Igreja ensina que hóstia é o nome dado apenas após a consagração na missa. Antes disso os discos de farinha de trigo e água são chamados partículas.
Produção das partículas
As matérias primas utilizadas na produção são apenas duas: farinha de trigo e água. Nesse sentido, pelas regras da Santa Sé, não pode haver aditivos, as partículas devem ser brancas e com uma espessura ideal para que não se quebrem facilmente. Há três tipos de hóstias: as partículas menores (de 3 a 4 cm de diâmetro) para os fiéis, as hóstias médias (entre 5 a 6 cm) e magna (entre 7 a 8 cm), para o celebrante, sendo estas com inscrições de símbolos religiosos.
Etapas:
Mistura – A primeira etapa é a mistura da farinha de trigo com água gelada num misturador. Na proporção de 500 mL de água para cada kg de farinha de trigo, até que se homogeneíze tudo
Prensa – Posteriormente, deve-se levar pequenas porções da mistura para prensas térmicas para que haja a formação de placas sólidas e delas se cortem as partículas. Nessa etapa também pode-se fazer as inscrições dos símbolos nas hóstias magnas.
Estufa – Leva-se as placas para uma estufa, para que se atinja a humidade necessária.
Corte – Após isso, levam-se as placas para máquinas de corte, nas quais há o corte das partículas com maior aproveitamento possível.
Seleção – Há então a seleção das partículas, as quais não podem ter retalhos, imperfeições nem impurezas presentes.
Embalar – Por fim, embala-se as partículas a vácuo num número de unidades determinado em cada saco.
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