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Tratamento de efluentes industriais líquidos

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Você conhece o tratamento dos efluentes industriais líquidos? Venha ver nesse post como realizar o descarte correto desses efluentes de acordo com a lei!

Neste conteúdo abordaremos:

  • O que são os efluentes líquidos?
  • Leis e instituições reguladoras;
  • Tratamento do efluente.

O que são?

Os efluentes industriais são resíduos líquidos provenientes de diversos processos da indústria. Alguns dos processos que podem gerar esses efluentes são a lavagem de tanques, equipamentos, pisos, fabricação de certos produtos, do processo de resfriamento, geradores de vapor e muitos outros. Porém os resíduos associados a esses processos, muitas das vezes, possuem propriedades químico-físicas prejudiciais ao ecossistema, tornando o despejo incorreto dos efluentes um grande problema ambiental.

Para suprir esse problema, criaram diversas leis de proteção ambiental, que exigem o tratamento desses resíduos líquidos, evitando, assim, a contaminação descontrolada do meio ambiente. 

O descumprimento da legislação ambiental acarreta em diversos problemas para a empresa. Dentre eles, têm-se multas financeiras, desgaste da imagem da empresa e de seus serviços e vários outros. Desse modo, leis de esfera federal, como a resolução 357 do CONAMA, aplicam punições financeiras e chegam a encerrar as atividades das empresas que realizam o descarte incorreto de efluentes líquidos em rios ou esgotos.

Existem, ainda, órgãos públicos, como a CETESB, Ministério Público, IBAMA e Polícia Federal que fazem a fiscalização do descarte incorreto de efluentes industriais. Contudo, em casos mais extremos, há a prisão dos envolvidos e o encerramento das atividades da empresa.

Métodos de tratamento industrial

De uma maneira geral, o tratamento dos efluentes líquidos ocorre em estações de tratamento, em que os resíduos são submetidos a uma série de processos físico-químicos, que garantirão a segurança do descarte. Durante o tratamento do efluente, haverão 4 etapas: tratamento preliminar, tratamento primário, tratamento secundário e tratamento terciário.

Estação de tratamento de efluentes industriais a beira de um rio
Imagem 1: Estação de tratamento de efluentes industriais. Fonte: Como é feito o tratamento de esgoto industrial. RIOVIVO. Notícias. Disponível em: https://www.riovivo.com.br/br/noticias/como-e-feito-o-tratamento-de-esgoto-industrial/

Tratamento preliminar:

Essa etapa consiste em separar partículas mais grossas dos efluentes, como a areia e outros sólidos. Assim, os mecanismos utilizados para a separação desses particulados são a sedimentação e o peneiramento. Essa etapa utiliza de grades que contém os materiais brutos mais densos, em que, depois, serão destinados para o fundo de um tanque de decantação.

Tratamento primário:

Após a separação dos sólidos brutos maiores, agora, visa-se remover óleos, graxas e matéria orgânica. Para isso, usa-se um sistema de decantação, através de um decantador primário. Dessa forma, as partículas ficarão retidas no fundo do decantador, permitindo a continuação do processo de tratamento.

Tratamento secundário:

Neste momento, deseja-se remover a matéria orgânica solúvel e a que tem baixa velocidade de decantação. Para essa etapa, utiliza-se de processos biológicos, como a digestão por bactérias aeróbias e anaeróbias.

Para as bactérias aeróbias, há o consumo da matéria orgânica junto de oxigênio para gerar gases, como o dióxido de carbono. Já, as anaeróbias não dependem do oxigênio, fazendo a digestão da matéria orgânica e produzindo gases com forte odor, como gases à base de enxofre.

Nessa etapa do tratamento, há uma diversidade de equipamentos que podem ser utilizados, alguns deles são: Iodos ativados, lagoas de estabilização, filtros biológicos e muitos outros. Assim, essa escolha depende de diversos fatores, como o orçamento, mão de obra especializada e espaço disponível.

Tratamento terciário:

Também chamado de pós-tratamento, essa etapa visa remover os materiais restantes do efluente, como agentes patogênicos, nutrientes, compostos não biodegradáveis e outros. Por causa de sua diversidade, pode-se usar processos químicos e biológicos para essa remoção.

Todo esse processo de tratamento tem como objetivo adequar o efluente líquido à qualidade estabelecida pela CONAMA. Assim, torna-se permitido o descarte em corpos hídricos, haja visto que não possuem mais riscos de contaminação de solo e das águas superficiais. 

Ademais, a indústria pode, ainda, utilizar da água tratada novamente em seu processo, chamada de água de reuso, diminuindo o uso de recursos hídricos e gastos desnecessários com água.

Como a Propeq pode te ajudar?

Nesse conteúdo, abordou-se o tratamento de efluentes líquidos. Você ficou interessado nessa área e gostaria de implantar ou otimizar um plano de resíduos na sua empresa? A Propeq, consultoria júnior em Engenharia Química da Unicamp, está aqui para te ajudar! Clique abaixo e entre em contato com um de nossos consultores!

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